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geral Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2023, 19:16 - A | A

Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2023, 19h:16 - A | A

MANDANTE E EXECUTOR PRESOS

Advogado foi assassinado em Cuiabá por disputa de terra, aponta Polícia Civil

Redação

 

Polícia Civil MT

 

 

Uma mulher suspeita de mandar matar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, foi presa nesta quarta-feira (20). O suspeito de atirar contra a vítima também foi preso. Roberto foi morto com pelo menos 10 tiros, dentro do próprio carro, em frente ao escritório em que trabalhava, no dia 5 deste mês, em Cuiabá.

 

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa na cidade de Patos de Minas, em Minas Gerais. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado. 

 

Já o homem, foi preso em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, em mandado decretado pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, cumprido Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a pessoa (Dhpp) de BH, que investiga o crime.

 

Advogado morto — Foto: Reprodução

Advogado morto — Foto: Reprodução

 

As prisões do executor e da mandante foram decretadas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá.

 

Entenda o caso

 

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. 

 

A mulher acusada de mandar matar o advogado é parte em processo sobre propriedade de fazenda em Ribeirão Cascalheira. A vítima era defensora do comprador da área pertencente à família da suspeita, que alega "calote". Contudo, o juízo deu causa ganha ao novo dono.


Segundo apurado, a família da suspeita era dona da Fazenda Lagoa Azul, rebatizada de Fazenda Mineira, e que foi vendida para I.R. com pagamento em 3 parcelas e entrega da escritura prevista para 2022. Contudo, queria desfazer a transação porque o comprador não teria honrado com os pagamentos.


Anterior a isso, os familiares já tinham processo judicial por conta de atrito com o vizinho de propriedade, dono da Fazenda Paraná, com quem I.R. também vinha enfrentando problemas.


Os produtores rurais trocaram ameaças por conta de invasão de áreas, quebra de divisas e destruição de cercas.


Além das coordenadas das áreas a fim de definir quais eram as fazendas, o juiz ouviu testemunhas, que relaram que a Fazenda Lagoa Azul havia sido vendida para o atual dono, a quem Zampieri defendia.

 

"Além das coordenadas, os moradores locais e confrontantes informaram que A.S. é proprietário da Fazenda Paraná e E.R. é proprietário da Fazenda Lago Azul. Com relação à João Moreira Gontijo, Maria de Fátima Caixeta Borges Gontijo e Maria Angélica Caixeta Gontijo, relataram que venderam a Fazenda Lagoa Azul para E.R.", foram as informações obtidas pelos oficiais de Justiça.


“[...] os autores e Maria Angélica apresentaram manifestação. Resumidamente, sustentaram a ausência de posse de E.R. em decorrência do inadimplemento do contrato. Assim, pugnou pela expedição do mandado proibitório e pelo indeferimento da substituição processual”, diz parte do processo ainda em tramitação.


Um dos últimos andamentos processuais diz respeito a audiência marcada para o dia 21 de novembro deste ano para oitiva das partes. Posterior a isso, há notificação de prazo para apresentação de documentos ao advogado Roberto Zampieri para 7 de dezembro, mas ele já estava morto há 2 dias.


Ação tramita na Vara Única de Ribeirão Cascalheira.

 

Por conta da ação e atritos no decorrer do processo, a família da suspeita registrou boletim de ocorrência contra Roberto Zampieri, seu cliente I.R. e outros 4 advogados por injúria, crimes contra o patrimônio, falsificação de documento público, crimes contra a fé Pública.

 

*Via G1/Gazeta Digital

 

 

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