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conversa da semana Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2019, 07:08 - A | A

Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2019, 07h:08 - A | A

CONVERSA DA SEMANA

Uma 'Rede de Amor' voltada à pacientes com câncer em Mato Grosso

A Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer é exemplo de amor, solidariedade e respeito à vida

Redação

 

Neta de Constança Figueiredo Palma, a "dona Bem Bem", uma das figuras notáveis da sociedade cuiabana (mãe do ex-prefeito Rodrigues Palma), casada com Evaristo Volpato, também de família tradicional cuiabana, mãe de Maria Luiza, de 16 anos, e Maria Júlia, de 13 anos, odontóloga, Maria Carmem Volpato é a presidente da Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer.

A Rede Feminina é uma daquelas entidades em que você olha e já sente de imediato uma energia positiva, enxerga dedicação, solidariedade e amor ao próximo. São 30 anos de serviços prestados, inicíados, olha só, por figuras notáveis como Nini Constantino (em memória) e Constança Palma Faria na Santa Casa de Misericórdia, em 1989. Desde 2001, porém, o centro irradiador das boas ações da Rede Feminina vem do Hospital de Câncer.

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D. Nini Constantino: primeira presidente (em memória)

Dona Nini Constantino foi sua primeira presidente, estando à frente da entidade por 10 anos. Depois veio a mãe de Maria Carmem, dona Constança. De lá para cá diversas voluntárias já assumiram a entidade. O Departamento de Mama do Hospital de Câncer, inclusive, leva o nome de Nini Constantino. Todas, sem exceção, ao longo dos anos foram doando um pouco de suas vidas,  tempo e amor neste trabalho voluntário.

Nesta entrevista ao MIDIA HOJE, Maria Carmem conta a história de surgimento da rede, explica o trabalho do Departamento de Odontologia que coordena no Hospital de Câncer, mas fundamentalmente abre o coração sobre a solidariedade do povo mato-grossense à causa. 

"Às vezes eu falo: como é que a gente conseguiu fazer tudo isso? Mas a gente só conseguiu porque as pessoas acreditam e são solidárias. Acreditam em um mundo melhor e que podem sim ser importantes na vida de uma outra pessoa", ressalta Maria Carmem, ao comentar a enormidade de ações conseguidas pela Rede Feminina ao longo destas três décadas. 

E os projetos continuam ousados: a Rede Feminina segue firme com o objetivo de iniciar em 2020 a construção de uma Casa de Apoio dentro do Hospital de Câncer. A meta é dar dignidade, conforto, uma mão amiga às pessoas que vão ao Hospital.

"Este projeto da Casa de Apoio surgiu há três anos. A gente vê a necessidade do paciente que vem do interior fazer um tratamento aqui em Cuiabá e não tem onde ficar", justifica.

Quem conhece o Hospital de Câncer sabe o que ela está falando. Diariamente dezenas de pessoas ficam mal acomodadas na área de entorno da unidade, às vezes expostas ao sol e à chuva, por não ter um lugar certo para esperar horas e horas por um exame, uma consulta, um diagnóstico...

Com a força dessas mulheres, a Casa de Apoio é questão de tempo!

 

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Maria Carmem Volpato, presidente da Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer

 

Veja trechos da entrevista com Maria Carmem Volpato e tire suas conclusões sore o trabalho da Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer.

Maria Carmem é natural de onde? Conte um pouco sobre você!

Sou cuiabana, neta de dona Bem Bem, nasci em 1975, formada em Odontologia pela Universidade de Cuiabá. Pós-graduada em Saúde Pública e tenho especialização em dentística restauradora e prótese dentária, além de mestrado em Ciências Odontológicas da Saúde e Prótese Bucomaxilofacial. Me formei em 1997 e desde 2001 sou dentista do Hospital de Câncer de Mato Grosso. Hoje como coordenadora do Departamento e presidente da Rede Femina Estadual de Combate ao Câncer. Sou casada, tenho duas filhas

Como surgiu a Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer?

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Constança Palma Faria: uma das fundadoras

A Rede Feminina é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, e surgiu em agosto de 1988. Minha mãe, Constança Palma Faria é uma das fundadoras, junto como Nini Constantino e outras, da Rede Feminina. Minha avó, dona Bem Bem, teve câncer de mama e a minha mãe no tempo em que estava cuidando de minha avó, conheceu a Rede Feminina fora daqui. Ficou encantada com o trabalho que a Rede desenvolvia e resolveu, junto com algumas amigas, trazê-la para Cuiabá. Na época eu tinha 14 anos e eu sempre vi, sempre acompanhei minha mãe em todo este trabalho voltado à Rede Feminina. Foi assim que ela surgiu em minha vida.

Quantas mulheres participam hoje da Rede?

Hoje são 75 mulheres que participam deste trabalho.

O trabalho é voltado exatamente a que tipo de auxílio e para qual público?

O trabalho é assistencial, voltado ao paciente ancológico carente. Não é só para paciente mulher. O nome é Rede Feminina de Combate ao Câncer porque só mulheres participam desse trabalho voluntário, mas é voltado para qualquer paciente que seja portador do câncer e esteja em uma situação de vulnerabilidade, necessite de ajuda.

Existe uma demanda muito grande do paciente oncológico. Ele precisa desde o seu diagnóstico. Muitas vezes  o paciente tem dificuldade de acessar hospitais e centros de referência para poder ser diagnosticado. Então a Rede está ali desde o seu diagnóstico, passando por todo o seu tratamento. Às vezes o paciente precisa de uma tomografia, de uma ressonância, de um exame laboratorial, de um exame de patologia, precisa de suplemento (alimentar)...  tudo isso a Rede tem como ajudá-lo. 

Na prática, como isso ocorre?

A estrutura da Rede hoje é toda montada no Hospital de Câncer. Então lá no hospital existe um trabalho de assistência social, que faz a avaliação dos pacientes. Cabe a este setor passar à Rede todas as demandas, tudo o que o paciente precisa, bem como qual é o paciente que realmente precisa dessa ajuda.

Esse projeto relacionado a odontologia, fale um mais pouco dele... 

A odontologia foi um projeto que começou a funcionar no Hospital de Câncer em 2001. O Hospital foi inaugurado em 1999, completando agora 20 anos, e a odontologia está lá presente desde 2001. E é muito importante. A gente vê a necessidade do paciente oncológico quando ele precisa de um tratamento odontológico e isso é difícil de ser feito na rede pública. O paciente quando vai ser atendido na rede pública e fala que tem câncer, na hora ele é meio que barrado. É como se fosse um estigma. Às vezes pelo desconhecimento do dentista, outras vezes pelo próprio paciente que acha que ele não pode ir em um atendimento convencional. Então foi feito esse Departamento dentro do Hospital de Câncer.

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Hospital de Câncer é referência, esperança de cura

Hoje é  referência no Estado!

Inicialmente, em 2001, era apenas para ele fazer o diagnóstico de lesões de câncer de boca. Ai vimos o quanto é importante dar continuidade ao tratamento quando diagnosticado o câncer de boca. Fomos incorporando ao trabalho outras áreas da odontologia para poder ter um atendimento integral desse paciente. É o único lugar em Mato Grosso onde é feito a reabilitação como próteses bucomaxilofaciais. Essas são as próteses onde há restauração ou a reconstituição de parte da face do paciente. O paciente pode ter perdido um pedaço do nariz, olho, orelha, às vezes um pedaço da face, e essa prótese é feita lá no Departamento de Odontologia do Hospital. Muitas vezes essas próteses são doadas. A Rede Femina custeia estas próteses. Existem paciente que têm condições de fazer o pagamento então eles fazem, mas a maioria não têm condições de pagar, cabendo à Rede Feminina bancar isso. 

Como dentista, você poderia falar sobre  a incidência de câncer bucal... 

Câncer de boca, de acordo com o Inca, é o quinto câncer que mais acomete homens na população brasileira. Em Mato Grosso é o sétimo. Existe uma taxa de mortalidade muito grande. Cerca de 40% dos pacientes morrem e 25% apresentam metástase, que é o câncer quando espalha no corpo. É muito importante a conscientização de todos os dentistas e de todos os pacientes para fazerem uma prevenção através do diagnóstico precoce. Quando o diagnóstico é precoce, a chance de vida desse paciente é muito maior e o tratamento, muitas vezes, se torna menos agressivo. 

Como detectar?

Lá em nosso Departamento nós fazemos diversas campanhas no interior de Mato Grosso, junto com o Hospital de Câncer. Nos mutirões de combate ao câncer vão sempre dentistas para fazer a avaliação do paciente. Quando é encontrado algum caso suspeito, esse paciente é encaminhado para Cuiabá. Aqui em Cuiabá existem outros lugares voltados para este diagnóstico. Existem algumas policlínicas que conseguem também fazer o diagnóstico do câncer de boca. Aí quando é feito esse diagnóstico, muitas vezes o paciente já é encaminhado direto para a gente dar seguimento ao tratamento. 

A prevenção é fundamental... há algum trabalho neste sentido da Rede?

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Prevenção aumenta muito a possibilidade cura

Nós fazemos campanhas para alertar o paciente do autoexame, que é muito importante. Como o autoexame de mama. O paciente faz ali todos os meses, quando vê que tem algumas coisa diferente procura um médico. Com um dentista é a mesma coisa. O paciente começa a se conhecer, vê o que tem dentro da boca e qualquer probleminha, às vezes uma mancha branca, uma ferida que não cicatriza há mais de 15 dias, um nódulo, uma lesão sem cicatrização, tudo isso a gente pede para o paciente ir avaliando. Tendo alguma coisa de diferente, deve sempre procurar um cirurgião dentista e fazer um exame de citologia ou uma biópsia para poder reconhecer se aquilo é um câncer ou não. Os fatores de risco para o câncer de boca são infecções pelo HPV, o fumo e o álcool. Quando associados o fumo e o álcool a chance de câncer de boca aumenta em dez vezes mais. 

Quantas pessoas são atendidas apenas nesta área no Hospital de Câncer?

O número de pacientes atendidos no Departamento de Odontologia atingiu em 2018 total de 3.200 pacientes. Este ano 2019 a demanda foi maior. Acredito que vamos chegar a mais de 4 mil pacientes atendidos. Fora outros pacientes que atendemos com exames, medicamentos, que deve atingir em torno de mil pacientes. 

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Campanhas são realizadas o ano todo para manter as ações da Rede

 

Como vocês angariam recursos para a manutenção da Rede?

Os recursos angariados pela Rede Feminina são através de doações das próprias voluntárias. Mensalmente todas doam uma quantia que vai de 25 reais a 200 reais cada. Além disso, todos os meses fazemos ações para angariar recursos para manter a Rede Feminina. Fazemos bazares como foi feito o último (Bazar do Bem), chás com o apoio do Mahalo (restaurante), jantares... Todo ano o Confrade (restaurante) faz um jantar cedido para a gente. Isso já acontece há 15 anos. Existe também doações de algumas empresas, como a Zaeli. Nós vamos criando eventos para que todo o mês aconteça uma ação e a gente consiga angariar ali 10 mil (reais) 15 mil reais para poder manter a Rede Feminina. Neste ano, tivemos o 'troco solidário' do Comper, que foi o nosso parceiro nos meses de setembro e outubro, onde conseguimos uma doação para a Rede Feminina de 82 mil reais. Foi bem significativo pra gente. Nós estamos também na Nota MT. Já conseguimos arreacadar neste programa mais de 15 mil reais. Todo mês a gente se mexe fazendo alguma coisa para ter recursos e poder ajudar o paciente ancológico que precisa. 

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A cada ano mais empresas participam, formando uma rede de solidariedade

 

A Rede conseguiu um leque grande de apoio social, então...

Sim, o  Outback este ano, por exemplo, a inauguração deles teve toda a renda revertida à Rede Femina. Tivemos a inauguração de uma outra hamburgueria no Shopping Estação, que chama Standard Burger, que também fez um dia de renda revertido à Rede Feminina. A Louvada (cervejaria)  desde o ano passado criou o Chopp Rosa. Este Chopp é comercializado sempre no mês de Outubro, em alusão ao Outubro Rosa. A renda desse chopp também é revertida à Rede Feminina.

Temos também empresas de decoração que colocaram nome de Liga Decora Decoração... São lojas aqui de Cuiabá. A Carmem Pedrangelo é uma voluntária nossa e dona de uma loja de decoração. Junto com outros amigos, eles fazem uma doação mensal à Rede Feminina. 

Além das empresas, pessos físicas também participam?

Recebemos muitas doações de pessoas físicas. Muitas fazem aniversário e pedem como presente um dinheiro para doar para a Rede Feminina. Isso é muito comum acontecer na Rede. Somos um grupo grande. Muitas mulheres aqui de Cuiabá. Fico até com medo de falar e esquecer pessoas que são importantes para a gente. Mas posso assegurar que é um trabalho de formiguinha em que todas se empenham e vão criando laços com outras pessoas que estão sempre nos ajudando.

Como os artistas daqui de Cuiabá, de Mato Grosso. Adir Sodré já foi parceiro nosso em uma campanha do Outubro Rosa. A Capucine Picarolli (já falecida, vítima de câncer) também foi uma das parceiras. No ano passado foi o Rafael Jonnnier. Estes artistas fazem arte para a gente e depois nós comercializamos não só camisetas, mas obras como quadros, com toda a renda revertida à entidade. 

Bacana isso Maria Camem... a estrutura está melhorando?

O Departamento de Odontologia este ano foi reformado através de uma parceria do Hospital de Câncer com o município de Campo Novo dos Parecis. Eles fizeram lá um leilão e arrecadaram 200 mil reais e esse dinheiro veio específico para reforma da Odontologia. A Aprosoja também fez uma doação para a melhoria do Departamento de Odontologia. Era um Departamento que estava desde 2001 sem nenhuma reforma. Agora está novinho em folha. Graças a Deus nós temos diversos parceiros. 

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Rede de solidariedade cresce: fortalecimento cada vez maior

 

Há também uma luta, um sonho, de ter uma Casa de Apoio dentro do terreno do hospital de Câncer?

Este projeto da Casa de Apoio surgiu há três anos. A gente vê a necessidade do paciente que vem do interior fazer um tratamento aqui em Cuiabá e não tem onde ficar. Em função disso, o Hospital de Câncer cedeu um pedaço do espaço dele ali, de mais de 500 metros, para a Rede Feminina poder instalar uma Casa que abrigue estes pacientes que venham do interior. É um projeto que vai contar com 20 leitos. Estamos até vendo com a arquiteta se a gente sobe este número para 30 (leitos), mas ainda não está nada finalizado.

Não só às pessoas que vêm do interior para tratamentos longos vão ficar alojadas ali, usufruir da Casa, mas também pacientes que vão ao Hospital e passam o dia ali. A gente vê que de manhã chega ônibus do interior com 20, 30 pessoas. Estas pessoas vão passar o dia em Cuiabá. Muitas vezes eles têm um exame para fazer e passam o restante do dia sem ter onde ficar dentro do Hospital de Câncer. Se você conhecer o hospital, vai ver que lá fora sempre fica muita gente no calor, mal acomodada. Então essa Casa vai servir também para estes pacientes terem onde ficar, ter alguma coisa para fazer, um lugar para descansar. Grupo de voluntárias estarão lá dentro auxiliando. A gente acredita que vá atender por mês cerca de 600 pessoas.

Se alguma mulher desejar participar da Rede, como proceder?

Para participar da Rede, a gente sempre fala para as pessoas que entrem em contato com a gente através das nossas mídias sociais. Temos facebook, instagram, site. Entre em contato que iremos retornar. Através do site qualquer pessoa pode fazer uma doação, a partir de 25 reais. Tem o Pag Seguro lá. É fácil e rápido. A gente recebe muitas doações nessa modalidade. Muitos anônimos que a gente nem sabe quem é. O empresário da mesma maneira.

Sobre outros trabalhos voluntários, além das doações, vamos precisar sim mais à frente, quando a nossa Casa de Apoio for construída. Vamos precisar de voluntários que vão estar lá para ajudar na limpeza, auxiliar pacientes em trabalhos manuais, ajudar em tudo. Ai eu acredito que o número de voluntárias vai ter que ser bem maior do que é hoje.

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Campanha Mac Feliz ajudou a construir UTI Infantil: doação da AL vai permitir o funcionamento da unidade

 

A Assembleia Legislativa anunciou que o Poder Legislativo vai repassar 3 milhões de reais para o hospital do câncer poder ativar sua UTI pediátrica... qual importância disso?

A UTI Pediátrica do Hospital de Câncer já está pronta. Foi construída através de recursos de dois anos do Mac Dia Feliz, mas não consegue funcionar porque antes dela ser credenciada junto ao SUS precisar estar funcionando seis meses. E o Hospital de Câncer não tem esse recurso. Agora, no final do ano, o Hospital recebeu essa informação de que seriam doados 3 milhões de reais. Isso é muito importante porque os pacientes, as crianças que estão ali dentro, sem uma UTI,  têm que ser transportadas para outro hospital para dar seguimento de tramento. Tendo uma UTI ali dentro com certeza essa logística, esse atendimento pelos próprios médicos do Hospital de Câncer vai contribuir muito para a melhora desse paciente. É muito importante que essa UTI funcione ali. 

Maria Carmem, vocês realizam um trabalho de fôlego, mas especialmente de amor ao próximo. Que mensagem isso deixa?

Eu não consigo expressar em palavras o que é amor. O que significa o amor para uma pessoa. É uma coisa que rompe barreiras, faz a pessoa acreditar que tudo é possível, faz a pessoa ter fé. O amor que passamos às outras pessoas, através do nosso trabalho, através de nossas ações, muitas vezes é o que mantém essa pessoa viva. Para nós, como voluntárias, eu acredito que... pelo menos para mim, como pessoa, quando a gente faz alguma coisa para alguém, isso faz muito mais bem pra gente (do que a própria pessoa beneficiada), porque crescemos como pessoa, como seres humanos. Nós passamos a acreditar em um mundo melhor, vemos o quanto aquilo é importante na vida de um outro e o quanto aquilo muda a nossa vida também.

Algum momento especial?

Muitos. E às vezes fazendo coisas simples. Uma doação, de repente, de um suplemento alimentar. Eu já fui doar na casa de um paciente e eu saí de lá com a vida transformada, mudada, por conta da gratidão daquele paciente com a gente. Eu falo que eu como presidente sou só instrumento. Trabalhamos todas unidas para que um objetivo maior seja conquistado. E isso é muito bonito. Nós vivemos em um país muito solidário, onde a gente pede alguma coisa para alguém e esse alguém sempre nos ajuda. Às vezes eu falo: como é que a gente conseguiu fazer tudo isso? Mas a gente só conseguiu porque as pessoas acreditam e são solidárias. Acreditam em um mundo melhor e que podem sim ser importantes na vida de uma outra pessoa. E que na maioria das vezes nem conhece, nem sabe quem é, quem está precisando, mas que em um chamado nosso, em um pedido de amigos, nos ajudam e fazem com que este trabalho seja tão importante e tão valoroso às pessoas. 

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"Às vezes eu falo: como é que a gente conseguiu fazer tudo isso? Mas a gente só conseguiu porque as pessoas acreditam e são solidárias."

 

*SERVIÇO:

Para maiores informações sobre o projeto e ações da Rede Feminina acesse:

www.redefemininamt.com.br

@redefemininamt

ZILDA CASTANHO - resp. Comunicação  98412-9090

 

 

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