Adrya Almeida, conhecida com nome artístico de Adrya, tem 31 anos, tendo já 15 anos de estrada. Bem conhecida regionalmente, Adrya ganhou visibilidade nacional ao participar do The Voice Brasil este ano. Integrante do time de Ivete Sangalo encantou muita gente cantando "Os Outros" (Leoni) com a imponência das grandes vozes e, ao mesmo tempo, uma suavidade única.
Cuiabana de tchapa e cruz, Adrya iniciou sua carreira musical aos 15 anos, cantando na igreja. Aos 25 anos virou empresária, comandando desde então (ao lado do marido) a Splendore Musical, onde canta em casamentos. E tem uma agenda lotada e disputada!
Adrya chegou a morar por um tempo nos Estados Unidos, mas garante nunca ter perdido de vista seu foco, o que realmente queria da vida. "Nunca tive dúvidas que a música seria meu ganha pão. Fui aos EUA como todo jovem vai, trabalhar e aprender mais um idioma", explica.
Seu amor por Cuiabá é declarado em prosa e verso. "Eu amo minha terra. Tive grandes oportunidades de ir embora daqui várias vezes. Não fui porque acho que aqui é acolhedor, é gostoso morar em uma capital com cara de interior", admite Adrya.
Hoje, seu estilo é definido como soul misturado ao pop, um mix de influências: Whitney Houston, Celine Dion, Mariah Carey, Adele, entre outras. Em 2018, Adrya realizou seu primeiro projeto musical chamado “Splêndida”, onde cantou às suas divas em um espetáculo que lotou o Cine Teatro Cuiabá e marcou o início de sua carreira como cantora pop.
O sonho do The Voice vem desde os 23 anos. E quando viu a cadeira da cantora Ivete Sangalo virar para ela? "Um alívio. 15 anos de carreira sendo testados em uma musica. Foi preciso muita coragem porque foi desafiador. Eu gostei muito!"
Nesta entrevista ao MIDIA HOJE, Adrya fala da família, da infância em Cuiabá, dos projetos e manda um recado aos governos de plantão: " (façam) musicalização nas escolas públicas desde cedo". Para ela, a música é instrumento importante na educação das crianças e foi, gradativamente, sendo retirada das escolas. Acompanhe!
Quem é Adrya? Personalidade, família, filhos?
Sou cuiabana e a primeira bebê nascida no saudoso Hospital Santa Cruz. Sou filha de pai baiano e mãe mato-grossense. Primeira filha, primeira neta. Hoje sou casada e tenho dois filhos lindos. Minha personalidade é muito forte apesar de muito equilibrada para a maioria das coisas. Às vezes estou bem aqui e às vezes acordo querendo mudar pro Japão. Bem tranquila.
Cuiabana de que regiao da Cidade, estudou onde, lembrança marcante da infância ou adolescência na Capital...
Nascida e criada na famosa região do cabeça de boi, perto do centro de Cuiabá. Ali, meus avós criaram raízes na década de 70. Cresci na rua, brincando com os vizinhos, de futebol, elástico e pega-pega. Infância das boas. Estudei a vida toda num colégio pequeno, chamado Apogeu e conclui meus estudos no Colégio Master, tudo perto de casa. Ía e vinha a pé. O marco de minha adolescência foi a escolha precoce por seguir os caminhos da música e as incertezas que ela nos traz.
Começou a cantar na igreja, certo? Influência de quem...
Sim. Minha influência musical veio muito forte de meu pai, que é amante da música. Com o tempo, escolhi meu próprio estilo musical e segui cantando.
Seu estilo musical foi mudando... hj se sente segura no estilo que adotou?
Muito. Estudo há quase 10 anos a influência do POP no mundo. Suas variações de agudos, graves e melismas.
Aí surgiu a Splendore em sua vida...
A Splendore ainda não existia quando eu comecei a cantar em casamentos. Comecei cedo, com 16 anos em 2004. Me lembro ainda da primeira cerimônia que fiz, na Amdepol (Associação Mato-grossense dos Delegados de Polícia de Mato Grosso), aqui na capital. Em 2013, iniciei meus trabalhos na Splendore e, em 2015, meu marido e eu assumimos o negócio que mantemos funcionando até hoje.
Em algum momento teve a dúvida sobre que caminho seguir, indo morar nos EUA?
Vou tentar explicar. Nunca tive dúvidas que a música seria meu ganha pão. Fui aos EUA como todo jovem vai, trabalhar e aprender mais um idioma. Voltei um tempo depois e continuei meu caminho musical.
Vc voltou e continuou o sonho de participar do The Voice... até que 2019 chegou...
O The Voice é um sonho da maioria dos cantores que desejam ter amplitude nacional em segundos e gratuitamente. Fui encontrada por um olheiro e participei da 8ª edição.
E na hora, como foi quando viu a cadeira da Ivete virar?
Um alívio. 15 anos de “carreira” sendo testados em uma música. Foi preciso muita coragem porque foi desafiador. Eu gostei muito!
Sua participação foi considerada excelente, de alto nível, projetando o seu talento para milhões de pessoas... o que mudou na Sua vida?
O reconhecimento das pessoas é um pouco maior.
E o projeto de um álbum próprio, com músicas autorais... como está?
Esse projeto sairia em 2019, adiei e quero voltar a trabalhar ainda esse ano.
Além deste álbum, já anunciado, algum outro projeto pode pintar por aí?
Tenho uma agenda de casamentos bem concorrida. Tento atrelar o trabalho com o meu hobby que é cantar. Vez ou outra programo algum show e faço pra que meus amigos e familiares possam se divertir com meu som.
Você pode falar um pouco sobre Cuiabá... sua identidade com ela?
Eu amo minha terra. Tive grandes oportunidades de ir embora daqui, várias vezes. Não fui porque acho que aqui é acolhedor, é gostoso morar em uma capital com cara de interior. Ainda sinto Cuiabá assim, uma jovem adolescente de 300 anos.
Pra concluir, Adry, o que os governos federal, estadual e municipal podem fazer para incentivar nossos talentos, na arte de uma forma geral...
Em um âmbito geral, musicalização nas escolas públicas desde cedo. A música foi virando a matéria de artes até ser retirada por completo do quadro escolar. No meu ensino médio em 2003, já não tínhamos mais aulas regulares de artes. Tudo fica extra curricular, com difícil acesso para a maioria. Os concursos poderiam ser feitos com incentivo maior e, principalmente honrando quem está aqui e luta pela cidade, pelo país, etc. Com música o ser humano pode ser muito melhor. Falo com certeza das palavras porque vivo essa experiência diariamente.
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