Pequenos e médios produtores de Mato Grosso tem enfrentado dificuldades com os altos custos e as dívidas geradas pelo cultivo da soja. Eles representam 25% da produção do grão no estado. Das cerca de 5.400 propriedades rurais de Mato Grosso, 80% têm até 1.500 mil hectares, ou seja, são consideradas como pequenas ou médias - justamente as que mais sofrem no aumento de custo das safras. Para o agricultor Napoleão Rutilli, da cidade de Diamantino, a expectativa para a próxima safra é de uma redução de aproximadamente 17%. "Não está fechando mais a conta devido aos altos custos", apontou.
Até então, Rutilli cultivava soja em 1.250 hectares de sua fazenda e em mais 450 hectares de uma área extra arrendada. Para este ano, ele devolveu a parte arrendada e reduziu a área utilizada nas próprias terras. "Eu tinha 11 funcionários, hoje estou com 5. No próximo ano devo ficar com 3", completou o produtor. Também em Diamantino, o produtor rural Cunha Candiotto aponta para um "rolamento de dívidas" para que as fazendas possam sobreviver. Segundo ele, são necessárias recorrentes renegociações de créditos e financiamentos em bancos.
Ou seja, quando se fala nos "barões do campo", muitos se esquecem que os grandes produtores, na realidade, representam apenas 20% das propriedades em Mato Grosso. Boa parte são pequenos e médios produtores, sem o poder dos grandes.
Apesar dos problemas enfrentados pelos agricultores no Estado, o preço da soja vem subindo no mercado. Em Cascavel, no Paraná, outro grande estado produtor, o valor da saca já passou de R$ 73. Para o economista e analista Camilo Motter, alguns motivos elevaram o valor do grão nos últimos dias. O câmbio com alta de 8 a 10% nos últimos 20 dias e a quebra da safra norte-americana entre 20 e 25% são alguns deles. As informações são do Globo Rural, da TV Globo.
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