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Vitrine do Conhecimento Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 09:13 - A | A

Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 09h:13 - A | A

ALIENÍGENAS?

Evidências arqueológicas revelam quem construiu as pirâmides do Egito

Redação

 

Reprodução

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Fotografia real capturada no complexo de Gizé, no Egito

 

 

Quem construiu as pirâmides do Egito sempre foi tema de debate, envolvendo teorias que vão desde trabalho escravo até interferência extraterrestre. No entanto, novas descobertas arqueológicas em Gizé mudaram o rumo dessa narrativa. Pesquisas recentes indicam que os responsáveis foram trabalhadores assalariados e bem alimentados, que viviam em vilas próximas ao canteiro de obras. As informações foram publicadas pelo portal da CBN, do grupo Globo.

 
 

Esses achados foram liderados pelo egiptólogo Zahi Hawass, que encontrou inscrições datadas de mais de 4.500 anos descrevendo o cotidiano desses operários. Os registros detalham a rotina de trabalho e os métodos de transporte dos blocos de pedra utilizados na construção. Ao contrário do que se pensava, os trabalhadores eram especializados e recebiam alimentos como tâmaras, carne, legumes e aves como forma de pagamento.

 

Além disso, foi identificado um cemitério exclusivo para os construtores localizado nas proximidades das pirâmides de Gizé. O local possui túmulos elaborados, sinal de prestígio e respeito, algo impensável caso os trabalhadores fossem escravizados. Segundo Hawass, “se fossem escravos, não teriam sido enterrados à sombra das pirâmides”.

 

Vilas organizadas 

 

Pesquisadores identificaram que os operários viviam em uma cidade operária próxima ao local das obras. Essa vila incluía locais de comércio, dormitórios, cozinhas e áreas de cuidados médicos. Ossos humanos encontrados mostraram sinais de fraturas tratadas, reforçando a tese de que esses homens eram cuidados e valorizados durante o serviço.

 

De acordo com Mark Lehner, diretor da Ancient Egypt Research Associates, alguns trabalhadores com funções superiores podem até ter recebido terras como recompensa, embora essa informação ainda careça de comprovação definitiva. A existência de hierarquias e incentivos aponta para uma estrutura laboral organizada e não compulsória.

 

Outro ponto que reforça essa teoria é a descoberta de grafites feitos pelos próprios trabalhadores dentro da chamada Câmara do Rei. Os registros mostram equipes nomeadas com títulos como “Amigos de Quéops” e descrevem técnicas como o uso de rampas cobertas com lama e entulho para erguer as pesadas pedras.

 

A pirâmide de Quéops 

 

A construção da Grande Pirâmide de Gizé, atribuída ao faraó Quéops, envolveu o uso de mais de 2 milhões de blocos de pedra. Estima-se que cada bloco pesava entre 2 e 15 toneladas, exigindo precisão logística e técnica para o encaixe perfeito. Para isso, os egípcios empregaram trabalhadores especializados, incluindo pedreiros, artesãos, engenheiros e gestores.

 

Conforme revelado pelo Diário de Merer, papiro descoberto em 2013, blocos de calcário branco foram transportados via barcaças pelo rio Nilo desde as pedreiras de Tura até Gizé. Esse diário reforça como a logística envolvia planejamento detalhado, evidência de um projeto estatal com recursos significativos e organização.

 

É importante destacar que todas as pirâmides foram construídas na margem oeste do rio Nilo, região associada ao reino dos mortos na mitologia egípcia. Essa localização estratégica também reforça o cuidado simbólico dado às estruturas funerárias reais.

 

As evidências reunidas nos sítios arqueológicos, nos papiros e nas inscrições internas das pirâmides formam um conjunto sólido de provas de que quem construiu as pirâmides não foram escravos ou seres de outro planeta, mas cidadãos egípcios organizados em equipes, com funções específicas e remuneração compatível à época.

 

A teoria dos alienígenas ou de trabalho forçado, embora popular em produções de entretenimento, perde força frente às descobertas recentes. A presença de cemitérios planejados, estruturas sociais nas vilas e registros escritos por operários colocam em xeque décadas de suposições não fundamentadas.

 

Dessa forma, os estudos contemporâneos não apenas esclarecem um dos maiores enigmas históricos da humanidade, como também valorizam o esforço humano envolvido em um dos feitos arquitetônicos mais impressionantes da Antiguidade.

 

*Via Click Petróleo e Gás

 

 

 

 

 
 
 

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