A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizaram na semana passada a cerimônia oficial de lançamento do “Canteiro-modelo de conservação em Cuiabá (MT)”. O projeto consiste em oferecer assistência técnica gratuita para moradores com renda familiar de até 3 salários mínimos, que vivem em áreas tombadas de cidades históricas.
O evento aconteceu no Teatro Universitário, e contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, além de profissionais da área, estudantes e moradores da região do Centro Histórico de Cuiabá.
Presente na solenidade, o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, falou sobre a relevância do projeto para a baixada cuiabana. “A participação do Iphan e parceiros para auxiliar nessa grande estratégia, que alcançam as pessoas hipossuficientes, de baixo poder aquisitivo, é essencial para que possamos manter as construções do Centro Histórico. Há de pensarmos também que o projeto abrange o que diz respeito ao valor histórico, cultural, a conservação e história de Cuiabá, nossa memória”, destacou.
A coordenadora de Extensão, Esporte e Lazer da UFMT, a docente Eunice Nunes, também ressaltou a grandiosidade do projeto e o envolvimento da Universidade. “É uma ação que compõe a extensão universitária, tão importante para a comunidade acadêmica e externa à Instituição, pois promove o compartilhamento e ressignificação da produção do conhecimento em prol da solução de problemas e necessidades de Cuiabá, e Estado”, disse.
A coordenadora do projeto em Cuiabá, a docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Luciana Mascaro, argumentou sobre as diversas ações que serão desenvolvidas. “ A UFMT, via Faculdade de Arquitetura,Engenharia e Tecnologia (FAET) e o Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) desenvolvem esse projeto que contempla também, dentro dos objetivos da ação, capacitação de recursos humanos sobre técnicas e práticas de conservação de edificações inseridas em área de tombamento”, disse.
Além de ruas e fachadas
Também presente na solenidade, o coordenador geral de Conservação do Departamento de Patrimônio Material do Iphan contou que o momento promove a reflexão e empenho do trabalho do Instituto em prol da comunidade de baixa renda. “Falamos de uma ação necessária a essa parte da população desfavorecida socialmente e culturalmente. É momento de darmos início a retomada de trabalhos nos centro históricos, que apresentam a conservação bastante precária”, disse, complementando sobre o diálogo com a comunidade e moradores dessas localidades na construção desse projeto que flui em via de mão dupla.
Na internet é possível localizar uma página com informações já levantadas, e que serviram de base para a construção do projeto de nível federal. Sobre isso, a superintendente do Iphan em Mato Grosso, Cassiana Oliveira dos Santos, falou sobre a beleza do Centro Histórico destacando ainda sobre a assistência técnica na proposição desse marco em prol da comunidade e valor social e histórico.
Sobre a participação dos acadêmicos da área no Projeto Canteiro-modelo, a docente da FAET e vice coordenadora desta ação em Cuiabá, Luciane Durante, explicou a integração teoria e prática na formação da graduação. “Há de falarmos do trabalho prático do projeto, seja em nível de projeto, não apenas de Arquitetura, mas também das disciplinas complementares de Engenharia, e também a fase de execução dos serviços de obra. Está sendo pensando em atividades práticas, em especial as técnicas construtivas vernaculares, como adobe, a taipa, e outros sistemas construtivos que se encontram nessas edificações do Centro Histórico de Cuiabá”, frisou.
Ainda sobre o projeto, o diretor do Departamento de Patrimônio Material do Iphan, Andrey Schlee, conversou sobre a estratégia da ação que se pauta na parceria necessária com a academia. O secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá, Aluizio Leite, também frisou a emergência do Centro Histórico, “É salutar pensarmos que essa parceria da UFMT nos propiciou a consolidação de plano de gestão do Centro Histórico. Digo sempre que uma cidade sem memória é uma cidade sem passado e logo sem futuro”, destacou, falando sobre o ganho para a comunidade e o Brasil.
Em nível estadual, o secretário Adjunto de Cultura, e representante da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), Jan Moura, argumentou que o projeto não contempla apenas as residências dos moradores da região assistida, mas sim a memória social e integrante da comunidade.
Da UFMT também estiveram presentes os gestores, além de autoridades locais e do Ministério da Cultura (MinC). Mais informações sobre o projeto em Cuiabá podem ser acessadas na página na internet.
*Via UFMT
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