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variedades Domingo, 11 de Dezembro de 2022, 07:00 - A | A

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SEM PULAR CERCA

Bali proíbe sexo fora do casamento até para turistas

Forbes

 

Forbes USA

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Um dos destinos mais populares do Sudeste Asiático, Bali agora tem leis rígidas sobre sexo

 

 

Com suas praias dignas de cartão postal, retiros zen de ioga e templos hindus exóticos, não é de admirar que Bali seja classificado como o quarto destino global mais popular de 2022 no Tripadvisor Travelers’ Choice Awards – e foi até número um no ano passado.

 

Mas turistas talvez queiram pensar duas vezes antes de planejar uma escapada romântica para a ilha tropical do Sudeste Asiático, que é apenas um pouco maior que o Distrito Federal.

 

Na última terça-feira (6), o parlamento indonésio aprovou uma polêmica revisão de seu código criminal, tornando o sexo fora do casamento punível com um ano de prisão. A legislação se aplicará a cidadãos e visitantes estrangeiros, embora não esteja claro como a lei seria aplicada.

 

 

Os jornais australianos foram rápidos em cunhar a frase “Bali bonk ban” para se referir à nova lei de moralidade. Uma parte considerável dos mais de um milhão de australianos que visitam a Indonésia todos os anos segue para Bali para aproveitar a areia, o surf e o sol.


Aguardando a esperada ratificação pelo presidente da Indonésia, Joko Widodo, o novo código penal entraria em vigor nos próximos três anos. A lei também restringe a liberdade de expressão, restabelecendo a proibição de insultar um presidente em exercício e outras autoridades. Insultar o presidente indonésio terá pena de até três anos de prisão.

 

A revisão da legislação chocou os ativistas de direitos humanos e colocou um enorme ponto de interrogação sobre o setor de turismo do país.

 

Sung Y. Kim, embaixador dos Estados Unidos na Indonésia, sugeriu no AmCham Investment Summit que a nova legislação poderia diminuir o interesse em fazer negócios no país. “Criminalizar as decisões pessoais dos indivíduos teria grande importância na matriz de decisão de muitas empresas que determinam se devem investir na Indonésia”, disse ele.

 

O vice-diretor da Human Rights Watch para a Ásia tuitou: “A aprovação do código penal de abuso de direitos da Indonésia que proíbe o sexo fora do casamento destruirá a indústria do turismo de Bali, é o que estou ouvindo no resort onde estou hospedado para uma conferência. Por que Joko Widodo e seu governo estão tentando arruinar o turismo do país?”

 

Em março, a Indonésia reabriu ao turismo após dois anos fechada para turistas internacionais durante a pandemia. Visitantes estrangeiros não precisam mais ficar em quarentena desde que sejam vacinados duplamente contra a Covid-19, tenham um teste negativo antes da partida e na chegada e possuírem um seguro saúde que cubra pelo menos US$ 15.000 em despesas médicas.

 

No mês seguinte, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo divulgou uma previsão otimista de que a indústria do turismo da Indonésia criaria mais de cinco milhões de novos empregos na próxima década e contribuiria com US$ 118 bilhões para o PIB da Indonésia.

 

“O setor de viagens e turismo da Indonésia está em forte recuperação, com uma previsão muito positiva para o PIB e empregos”, disse Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC na época. “Parabenizamos o governo indonésio por colocar viagens e turismo na vanguarda da agenda global no próximo G20.”

 

Agora, as autoridades de turismo do país estão preocupadas que as novas leis possam afugentar os turistas de suas praias idílicas. Maulana Yusran, vice-chefe do conselho da indústria de turismo da Indonésia, chamou a lei de “totalmente contraproducente”.

 

 

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