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geral Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 10:11 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 10h:11 - A | A

'NÃO VOLTA'

Condenada, Zambelli deixa o Brasil e diz que pedirá licença do cargo. VÍDEO

Redação

 

Lula Marques/EBC

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A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil e que pedirá licença do mandato.

 

A deputada não disse em que país está, mas que se baseará na Europa.

 

O anúncio foi feito 20 dias depois de a parlamentar ser condenada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 10 anos de prisão pela invasão ao sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

"Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo", afirmou a deputada em transmissão no YouTube.

 

 

Zambelli citou o correligionário, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também deixou o Brasil e se licenciou do cargo.

 

"Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também', disse.

 

STF apreendeu, mas devolveu passaporte a Zambelli

 

Em agosto de 2023, a deputada chegou a ter o passaporte apreendido por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no contexto das investigações sobre a invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ.

 

Mas, o passaporte acabou devolvido e, portanto, Zambelli não teria restrição para deixar o país.

 

A saída do país, no entanto, pode levar o Supremo a tomar alguma medida – como a imposição de novas medidas cautelares, incluindo uma nova retenção de passaporte.

 

Zambelli está sob ameaça de ter o mandato cassado

 

Com a condenação pela invasão aos sistemas do CNJ, Zambelli deve perder o mandato e ficar inelegível por oito anos. A inelegibilidade não depende do trânsito em julgado da condenação - quando não cabe mais recurso - e passará a valer a partir da publicação da decisão de condenação.

 

A contagem desse período, no entanto, começará depois de cumprida a pena, o que na prática deixará a deputada pelo menos 18 anos longe da vida pública. Zambelli ainda poderá apresentar recursos contra a condenação, os chamados embargos de declaração.

 

A execução da pena varia caso a caso, mas o STF costuma determinar o início do cumprimento da decisão, com expedição do mandado de prisão, após a rejeição dos segundos embargos de declaração.

 

"Não volta mais"

 

Segundo o G1, a deputada avisou a aliados no fim de semana que havia deixado o Brasil. Na avaliação de uma pessoa próxima, que falou com a parlamentar pelo telefone, "ela não volta mais".

 
 
 

Zambelli já está concedendo entrevistas para sites partidários. Ela diz estar nos Estados Unidos, mas que vai rumar para a Europa. A deputada tenta mimetizar o discurso de Eduardo Bolsonaro, de que é vítima de "perseguição".

 

Na verdade, Zambelli foi abandonada pelo próprio Jair Bolsonaro, que a culpa pela derrota em 2022. A deputada responde a um segundo processo no Supremo, por ter perseguido um apoiador de Lula, negro, à mão armada nas ruas de São Paulo na véspera do segundo turno.

 

 *Via G1

 

 Confira reportagem da CNN Brasil:

 

 

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