O jornalista Graciliano Rocha, colunista do portal UOL, informa que analistas do BTG Pactual avaliam que a imposição de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump, deve ter impacto econômico direto limitado. "No entanto, a área de análise do banco aponta que as implicações políticas do episódio podem beneficiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário eleitoral de 2026", aponta o jornalista. O relatório do BTG é da manhã desta quinta-feira (10).
"A base de apoio do governo no Congresso sugere que a medida pode fortalecer politicamente o presidente Lula, ao intensificar o embate com seu principal antagonista - especialmente após menções diretas do presidente Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Analistas políticos acreditam que essa nova narrativa pode aumentar a popularidade de Lula e reposicionar seu discurso com vistas às eleições de 2026", afirma o documento, segundo o colunista, que é assinado por oito analistas do banco.
Em outro trecho, os autores prosseguem, segundo Graciliano Rlocha: "O PT recebeu a notícia com entusiasmo, classificando a ação de Trump como uma violação da soberania brasileira e posicionando Lula como o líder apto a defender o país diante do que considera uma decisão arbitrária".
Para a área de análise, a decisão da Casa Branca tem origem em questões políticas, e não comerciais. O governo Trump, frisou o documento, justificou as tarifas com base no que considera ser um tratamento injusto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e em alegadas restrições à liberdade de expressão no Brasil.
O relatório do BTG observa que a medida ocorre em um momento de investigações e decisões judiciais envolvendo Bolsonaro, além de ações do Judiciário brasileiro que afetam plataformas digitais de empresas americanas. Ainda segundo o banco, a maioria das exportações brasileiras afetadas poderá ser redirecionada a outros mercados ao longo dos próximos trimestres, minimizando as perdas no saldo comercial. A estimativa do BTG é que o superávit brasileiro possa recuar em US$ 7 bilhões em 2025 e US$ 13 bilhões em 2026.
O relatório conclui que, mesmo com repercussões negativas em setores como aviação executiva e papel e celulose, a medida adotada por Trump não deve trazer risco estrutural à economia brasileira.
*Com Uol
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