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opinião Sábado, 17 de Dezembro de 2022, 10:20 - A | A

Sábado, 17 de Dezembro de 2022, 10h:20 - A | A

BAR DO BUGRE

REMÉDIO PARA INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 

 

Carne seca com arroz é mais um prato apreciado da nossa culinária.

 

Minha cozinheira sempre faz para mim. É conhecido como Maria Izabel.

 

Ainda mais com arroz com banana e pimenta malagueta.

 

Meu almoço hoje foi esse simples e delicioso prato.

 

De sobremesa fatias de melão gelado.

 

Como diz a minha neta, “o almoço estava dos deuses”.

 

Quando escrevo sobre a nossa gastronomia me surpreendo com o número de leitores que tem intolerância a alguns pratos.

 

Língua, dobradinha ou bucho, rabada são os campeões absolutos.

 

Atribuo essa ojeriza à falta de hábito alimentar na infância.

 

O melhor remédio para corrigir isso é morar durante alguns anos em pensões ou prestar o serviço militar.

 

Nessas condições, ou aceitávamos aquilo que vinha do “rancho”, que era o nome da refeição servida ao soldado, ou a fome nos pegava.

 

A minha geração foi dispensada do serviço militar.

 

A exceção fui eu e meu “pistolão” Filinto Muller da sua mansão na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, ele me disse que seria preparado no Exército Brasileiro para o “Batalhão Presidencial de Guardas” dos catarinas.

 

Quem servia nesse Batalhão, geralmente eram jovens recrutados no Estado de Santa Catarina, e por isso o Batalhão era apelidado de catarinas.

 

Eram altos e fortes, descendentes de migrantes europeus e loiros.

 

Os mulatos como eu eram os brasileiros...

 

Hoje agradeço a ele por ter me oferecido condições de comer de tudo, dormir no chão das barracas, construir meu próprio banheiro.

 

Assim como passar o dia todo uniformizado com pesados coturnos nos pés.

 

Esse foi o remédio que tomei para curar a minha intolerância alimentar.

 

Hoje língua, bucho ou dobradinha e rabada não são excluídos dos meus almoços, e acho todos pratos deliciosos.

 

Mesmo se estivesse no Catar, não faria igual ao Ronaldo Fenômeno e alguns craques da nossa seleção que após os jogos nos dias de folga, foram jantar bife de boi foleado a ouro.

 

Prefiro uma suculenta canja de galinha, jantar ideal para antes de dormir.

 

Sou matuto ou estou fora da moda com minhas preferências gastronômicas?

 

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*Gabriel Novis Neves

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

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