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opinião Quinta-feira, 07 de Março de 2024, 09:22 - A | A

Quinta-feira, 07 de Março de 2024, 09h:22 - A | A

BAR DO BUGRE

PROFISSÃO E MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 
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Aí dois enfoques do trabalho que têm o mesmo fim, ainda que diferentes quando se trata do custo ao consumidor.

 

O pessoal da mão de obra especializada possui, em sua maioria, ensino fundamental e médio, quando os possui.

 

Pelo serviço, cobra o que bem lhe apetece.

 

No que toca aos portadores das mais variadas profissões, exige-se deles o ensino superior em universidades, com registro em seus conselhos. Sem isso, não poderão exercê-las.

 

Os honorários dependem de tabelas. Fornecem recibo pelo serviço prestado.

 

Tais diferenças incentivaram o surgimento de ‘profissões invisíveis’, com remuneração bem maior.

 

Por não possuírem carteira assinada, descontam como autônomos com vista à aposentadoria pelo INSS.

 

Há bem tempo, elas só vingavam nos grandes centros urbanos, a exemplo de São Paulo e do Rio de Janeiro. Hoje se dissemina pelas capitais dos Estados.

 

Interessante que, quando precisamos dos serviços de ‘profissionais invisíveis’, a ajuda de intermediários é de lei.

 

Diferentemente ocorre com os de mão de obra especializada: a indicação é sempre do porteiro do edifício.

 

Quando se cuida dos profissionais com ensino superior, a gente se socorre sempre de um colega.

 

Sendo médico, passei pelo estreito e difícil corredor do vestibular, seguido por um curso de seis anos. Depois, frequentei três anos de residência médica. Só aí ingressei no mercado de trabalho, cara a cara com uma competição desumana.

 

Para ‘sobreviver’, o médico recém-formado é obrigado a atender no SUS, sob o jugo de tabelas ridículas. Adicione a tanto um plano de saúde também com suas tabelas irrisórias.

 

Ele tem de ir ao encontro de um dilúvio de pacientes por dia! Tão só para ‘sobreviver’.

 

O médico principiante não dispõe de clínica particular, cada vez mais rarefeita. Só o conseguirá se portar erguida especialização e demonstrar competência, o que implica uns vinte anos de serviços.

 

Há honrosas exceções.

 

Ressalte-se que, no caso da mão de obra especializada e das ‘profissões invisíveis’, quanto mais jovens são, mais ganham.

 

Convoquei um gesseiro para retocar um pedaço da parede do ar-condicionado da copa. O isopor, provisório, se estilhaçou com a ventania última.

 

A indicação do jovem, quem o fez foi o porteiro. O custo desse trabalho de quase uma manhã beirou a hora da morte. 

 

Curioso por saber o preço? De longe maior que o de um médico que atende aos pacientes do SUS e de convênios.

 

Alguém poderia, por favor, me explicar essa diferença de custos por serviços prestados? Com a palavra, os economistas!

 

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*Gabriel Novis Neves

 

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

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