Bem antigamente, os compromissos entre duas pessoas eram realizados um olhando para o olho do outro. Hoje, qualquer compromisso precisa ser registrado em cartório, com testemunhas e firma reconhecida.
Na Cuiabá antiga, a confissão era necessária para receber o sacramento do Corpo de Deus. Hoje, a confissão e o jejum não são necessários.
Bem antigamente, um cara a cara com forte aberto de mão, era também compromisso fechado. Hoje, tudo acaba com um virar das costas.
Na Cuiabá antiga, os alunos do Colégio Salesiano, confessavam ajoelhados em pequeno estrado de madeira, de frente ao padre sentado em uma cadeira lateral, para ouvir os penitentes e fingia dormir. Nessa hora aproveitávamos para soltar bem baixinho um “pecado mais pesado”, como matar aulas no morro em frente ao colégio. O padre abria os olhos e pedia que repetíssemos em voz alta. Hoje, confessar não é mais necessário. Pede-se perdão direto à Deus.
Bem antigamente, existiam confessionários. Era um imóvel de madeira, onde ao passar por ele com pessoas confessando, é considerado educado cobrir com a mão uma orelha, para mostrar respeito pela santidade do confessionário. Hoje, existem confessionários nas igrejas quase como peças de decoração de rara beleza artística, pouco utilizados.
Na Cuiabá antiga, o confessionário era composto de um quartinho de madeira, sendo separada do penitente por uma tela com pequenas perfurações na madeira, por onde o pecador falava com o padre, sentado em uma cadeira do lado de dentro. O penitente pode ver o padre, mas este nunca vê o penitente, ajoelhado em um pequeno estrado de madeira de pinheiro, muito resistente. Hoje, é mais comum a cara a cara.
Bem antigamente, os nativos cuidavam das nossas matas, rios e animais, do nosso solo e subsolo. Depois, chegaram os portugueses descobridores em 1500 ao Brasil, e começou a roubalheira. Hoje, institucionalizaram a roubalheira.
Na Cuiabá antiga, existia gente falando idiomas diferentes morando aqui, e tinham de tudo para a sua subsistência na época do descobrimento dos portugueses. Hoje, a gente daqui, foi descoberta pelos bandeirantes de Sorocaba.
Bem antigamente, os portugueses chamaram os nativos de índios e importaram africanos, para ajudar no trabalho como escravos, e foram levando as nossas riquezas para Portugal. Hoje, quem tem riquezas quer inclusive morar em Portugal.
Na Cuiabá antiga, os nativos daqui eram os índios Paiaguás e Coxiponés. Os bandeirantes levaram parte dessa gente como escravos, para as suas fazendas em São Paulo. Aqueles que ficaram, depois que lhes ensinaram os caminhos das minas de ouro, aos poucos foram sendo dizimados. Hoje, não existe mais índios em Cuiabá.
Bem antigamente, os colonizadores portugueses foram levando as riquezas que encontravam no nosso solo e subsolo. Hoje, fazem contrabando para a Europa, especialmente de ouro, diamantes, pedras preciosas e outros.
A Cuiabá antiga, foi colonizada pelos bandeirantes, nome dados aos portugueses de São Paulo. Hoje, pelos migrantes do sul do Brasil.
Bem antigamente, o Brasil era explorado por Portugal. Hoje, pelo mundo todo.
Na Cuiabá antiga, a nossa mata alta com seus rios e sua gente, o nosso pantanal e o Rio Cuiabá, patrimônio da cidade era cuidado por nós. Hoje, com os modernos colonizadores, há tentativas das mais diversas Ongs, nacionais e internacionais, para esse trabalho. Eles conhecem as riquezas do nosso subsolo. Só para “salvar o Rio Cuiabá” foi criada uma ampla frente de Ongs.
Bem antigamente, o Brasil era considerado um país atrasado. Hoje, pertence ao grupo das vinte nações mais desenvolvidas do mundo.
Na Cuiabá antiga, a inauguração de uma praça com chafariz e coreto importados da Inglaterra, era motivo de orgulho e comemoração. Hoje, o campus da universidade federal, esconderam com um viaduto para passar o VLT.
*Gabriel Novis Neves
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