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opinião Quarta-feira, 28 de Outubro de 2020, 12:01 - A | A

Quarta-feira, 28 de Outubro de 2020, 12h:01 - A | A

OPINIÃO

O mundo muda rapidamente

*ONOFRE RIBEIRO

Reprodução

 

Na semana que passou o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que diz muito respeito ao Brasil. Pode ser vista até mesmo como uma grande ameaça nos campos ambiental e social. O Parlamento é uma instituição legislativa da União Europeia. Não tem poder de imposição das suas decisões sobre os países membros da União, mas serve de balizamento e os princípios são acatados de uma forma ou de outra.           

O Parlamento aprovou na última quinta-feira resolução completamente contra os desmatamentos, contra o abuso no uso dos recursos naturais da Terra, e o combate à violação dos direitos humanos.           

Onde entramos nessa questão? A União Europeia não ratificou o acordo comercial com o Mercosul. Debitou ao Brasil a negação. A base são os desmatamentos na Amazônia. De outro lado, já faz muitos anos que a França, a Alemanha e a Inglaterra pressionam o Brasil por desmatamentos na Amazônia. Em 2019 entraram na pauta os incêndios.           

O problema do Pantanal está ligado a uma enorme sucessão de equívocos. Erraram o governo federal, errou o governo estadual, errou a Assembléia Legislativa e errou a visão ideológico da Universidade Federal e das ongs que se envolveram com a região.  

O Brasil tem respondido de maneira reativa. Em 2020 militarizou a fronteira do Brasil com todos os países vizinhos tentando evitar a entrada de armas e drogas destinadas ao comércio internacional. Mas quanto à questão dos incêndios e dos desmatamentos respondeu de maneira reativa com a tese de que a Amazônia é brasileira. Problema do Brasil, portanto. É uma resposta política de soberania sobre o território. Mas não é uma resposta que assegure a garantia ambiental que a União Europeia questiona.           

Em 2020 entrou nas queimadas o Pantanal que é Patrimônio Natural da Humanidade. Logo, é uma região muito vigiada pelo mundo. O problema do Pantanal está ligado a uma enorme sucessão de equívocos. Erraram o governo federal, errou o governo estadual, errou a Assembléia Legislativa e errou a visão ideológico da Universidade Federal e das ongs que se envolveram com a região.    

Agora encerramos com a visão do que pode acontecer com o Brasil e com Mato Grosso depois da resolução do Parlamento Europeu. Poderosas barreiras comerciais europeias e com o risco de se espalharem nos mercados internacionais contra o Brasil. No caso de Mato Grosso podem atingir as exportações de grãos e carnes. Somando o problema do Pantanal não é exagero temer restrições às exportações estaduais. E nem falei aqui sobre as desigualdades sociais também aprovadas na mesma resolução.           

Lamento, a pouca compreensão desses riscos nos setores públicos estaduais e no federal. Politizar esses temas pode ser suicídio no curto prazo!

*Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

[email protected]   

www.onofreribeiro.com.br

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