05 de Outubro de 2024

cotações: DÓLAR (COM) 5,46 / EURO 5,99 / LIBRA 7,17

opinião Quinta-feira, 29 de Dezembro de 2022, 11:10 - A | A

Quinta-feira, 29 de Dezembro de 2022, 11h:10 - A | A

BAR DO BUGRE

NATAL SOZINHO

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 
1

 

 

Passei o dia de Natal em companhia da minha cuidadora.

 

Não veio ninguém em meu apartamento para conversar, então, disparei a escrever e só parei para almoçar.

 

Estavam prontas quatro crônicas sobre o cotidiano.

 

Minha revisora nessas ocasiões me pergunta se estou com “diarreia intelectual”.

 

Temos o hábito de entrar o Natal e Ano Novo acordados e festejando com amigos nas famosas ceias natalinas e de Ano Novo.

 

Meus filhos foram à ceia natalina e dormiram a manhã toda.

 

Aproveitei a casa vazia e iniciei a escrever com uma velocidade maior que a habitual.

 

As verdades brotavam do fundo do meu coração.

 

Escrevia tudo que sentia, com toda a força da manhã de um natal solitário.

 

As recordações jorravam com a intensidade da data simbólica.

 

O teclado do computador não parecia estar cansado.

 

Logo o texto estava pronto, com a exaustão que não me permita, pelo menos, uma releitura.

Foi uma “conversa boa”, de pouco mais de uma hora, com direito a fotos na chegada e saída, com cafezinho feito pela Márcia, minha “assistente para assuntos gerais”.

 

O esgotamento emocional que eu senti por arrancar palavras tão bem guardadas na minha memória, me impulsionou a pensar e escrever sobre um outro assunto.

 

Assim passei toda a manhã de mais um Natal dos 87 que tenho acumulado.

 

Saudades senti, e foram amenizadas pela visita à noitinha do meu filho caçula, um “senhor” prestes a completar 56 anos, esposa e filho se preparando para o concurso da OAB e, no final do ano novo, estará concluindo seu bacharelado em Direito pela Universidade Mackenzie em São Paulo.

 

Sua irmã mais velha, que já é médica, não veio, pois estava de plantão no Hospital Universitário Júlio Muller onde faz o 2º ano de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia (GO).

 

Em compensação, o “day after” foi muito agitado com muita gente em minha casa.

 

Logo pela manhã recebi um casal de amigos que não conhecia pessoalmente.

 

O empresário, jornalista e historiador pela UFMT, Osmar de Carvalho e Fernanda, carioca de nascimento e criada aqui.

 

Foi uma “conversa boa”, de pouco mais de uma hora, com direito a fotos na chegada e saída, com cafezinho feito pela Márcia, minha “assistente para assuntos gerais”.

 

Antes do meu almoço, o seo Nelson “faz tudo” no meu apartamento com trinta anos de uso, resolveu um dos problemas, e o outro ficou para outro dia.

 

A “soneca estatutária” de depois do almoço ficou para bem depois.

 

Continua a falta de imunoglobulina que vem da China ou Índia, sem previsão de chegada ao Brasil, e eu necessito desse medicamento.

 

A minha enfermeira ausente nas festas natalinas, chegou e verificou que precisava urgente comprar medicamentos de uso contínuo na farmácia, pois estava em falta de alguns deles.

 

O dia passou rápido e estou terminando de escrever a única crônica que tive tempo de fazer.

 

*Gabriel Novis Neves

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.midiahoje.com.br

Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP



Comente esta notícia