Passei o dia de Natal em companhia da minha cuidadora.
Não veio ninguém em meu apartamento para conversar, então, disparei a escrever e só parei para almoçar.
Estavam prontas quatro crônicas sobre o cotidiano.
Minha revisora nessas ocasiões me pergunta se estou com “diarreia intelectual”.
Temos o hábito de entrar o Natal e Ano Novo acordados e festejando com amigos nas famosas ceias natalinas e de Ano Novo.
Meus filhos foram à ceia natalina e dormiram a manhã toda.
Aproveitei a casa vazia e iniciei a escrever com uma velocidade maior que a habitual.
As verdades brotavam do fundo do meu coração.
Escrevia tudo que sentia, com toda a força da manhã de um natal solitário.
As recordações jorravam com a intensidade da data simbólica.
O teclado do computador não parecia estar cansado.
Logo o texto estava pronto, com a exaustão que não me permita, pelo menos, uma releitura.
Foi uma “conversa boa”, de pouco mais de uma hora, com direito a fotos na chegada e saída, com cafezinho feito pela Márcia, minha “assistente para assuntos gerais”.
O esgotamento emocional que eu senti por arrancar palavras tão bem guardadas na minha memória, me impulsionou a pensar e escrever sobre um outro assunto.
Assim passei toda a manhã de mais um Natal dos 87 que tenho acumulado.
Saudades senti, e foram amenizadas pela visita à noitinha do meu filho caçula, um “senhor” prestes a completar 56 anos, esposa e filho se preparando para o concurso da OAB e, no final do ano novo, estará concluindo seu bacharelado em Direito pela Universidade Mackenzie em São Paulo.
Sua irmã mais velha, que já é médica, não veio, pois estava de plantão no Hospital Universitário Júlio Muller onde faz o 2º ano de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia (GO).
Em compensação, o “day after” foi muito agitado com muita gente em minha casa.
Logo pela manhã recebi um casal de amigos que não conhecia pessoalmente.
O empresário, jornalista e historiador pela UFMT, Osmar de Carvalho e Fernanda, carioca de nascimento e criada aqui.
Foi uma “conversa boa”, de pouco mais de uma hora, com direito a fotos na chegada e saída, com cafezinho feito pela Márcia, minha “assistente para assuntos gerais”.
Antes do meu almoço, o seo Nelson “faz tudo” no meu apartamento com trinta anos de uso, resolveu um dos problemas, e o outro ficou para outro dia.
A “soneca estatutária” de depois do almoço ficou para bem depois.
Continua a falta de imunoglobulina que vem da China ou Índia, sem previsão de chegada ao Brasil, e eu necessito desse medicamento.
A minha enfermeira ausente nas festas natalinas, chegou e verificou que precisava urgente comprar medicamentos de uso contínuo na farmácia, pois estava em falta de alguns deles.
O dia passou rápido e estou terminando de escrever a única crônica que tive tempo de fazer.
*Gabriel Novis Neves
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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