Há dias publiquei uma crônica lembrando a famosa frase atribuída ao político baiano Juracy Magalhães: ‘o que é bom para os Estados Unidos da América do Norte é bom para o Brasil’!
Hoje, dia das eleições presidenciais nos Estado Unidos, a grande mídia impressa, falada e televisada só fala nisso.
Quando das eleições presidenciais do Brasil a imprensa americana, nem toda, dá uma notícia no rodapé dos seus noticiários, e acabou!
Discutem qual o eleito seria melhor para o Brasil, e a esquerda e direita tupiniquim estão divididas entre o candidato milionário e a advogada, atualmente vice-presidente dos Estados Unidos.
Espero ser bombardeado por notícias sobre a apuração o dia todo.
A primeira urna apurada deu empate entre os candidatos.
Até ontem as pesquisas apontavam empate técnico.
Nossos irmãos do Norte do continente americano não usam a urna eletrônica, e a apuração dos votos em papel e pelo correio pode demorar.
Também o voto não é igual em todos os Estados.
Os americanos são tradicionalistas e votam de acordo com a sua Constituição promulgada em 1787.
Ela é respeitada e imexível.
O Brasil teve sete Constituições desde o Império: as de 1824, 1891, 1924, 1937, 1946, 1967 e a de 1988.
Nossa última Constituição foi modificada 140 vezes.
Só um estudioso constitucionalista para saber as regras do nosso regime, que se diz democrático.
Tenho pavor ao nome democracia pela semelhança à burocracia.
Nossa Constituição possui tantos atalhos, que o pagador de impostos, para se valer dos seus direitos, precisa de vários bons advogados e paciência, pois a nossa justiça é lenta.
Os professores da nossa universidade federal há trinta anos lutam nos tribunais superiores para terem retornados aos seus holerites, os 28,86% dos seus salários sequestrados indevidamente.
Já ganhamos em todas as instâncias superiores, mesmo assim esperamos pela sua restituição.
Muitos professores já vivem no plano espiritual, outros envelhecidos perderam a esperança de serem restituídos em seus direitos.
Espero que no horário do futebol deem um descanso às notícias das apurações das eleições americanas e transmitam os jogos do brasileirão.
*Gabriel Novis Neves
N.E. : Juracy Montenegro Magalhães (Fortaleza, 4 de agosto de 1905 – Salvador, 15 de maio de 2001).
24° (1931-1937) e 34° (1959-1963) Governador da Bahia.
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil (19 de outubro de 1965 até 14 de janeiro de 1966)
Ministro das Relações Exteriores do Brasil (17 de janeiro de 1966 até 15 de março de 1967)
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