08 de Dezembro de 2024

cotações: DÓLAR (COM) 6,09 / EURO 6,44 / LIBRA 7,77

opinião Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2020, 10:01 - A | A

Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2020, 10h:01 - A | A

OPINIÃO

Adeus ano velho

*Luiz Fernando Fernandes

 

reprodução

1

 

Um de cabelos brancos e outro ainda imberbe.

Um que trouxe terror e outro que promete esperança.

Velho e novo com suas línguas emaranhadas numa noite de 31.

Aquele que chega encontra uma urbe exausta.

Aquele que vai, deixa para trás uma lista de mortes e mortos.

É quase igual aquela música preferida que vai mudando o sentido e de sentido com o passar do tempo. Primeiro nos afoga em emoções, depois nos provoca em lembranças.

O que nos lembraremos deste que termina.

O que podemos esperar deste que chega.

Máscaras, álcool em gel, distanciamento, eleições. Que ano. Coisas esperadas e inesperadas nos trouxeram um novo normal.

E agora.

Agora estamos receosos, com medo de um espirro, do contato e parece que nada vai mudar isso. Talvez a vacina, talvez. Poderá ser chinesa? De onde virá a esperança?

Dizem que o bom velhinho chega do polo norte, será que a vacina virá de lá? De onde não importa.

Braço relaxado, agulha na carne e renovada a esperança do contato, dos beijinhos, do calor humano.

O novo chega cheio de responsabilidade. Precisa ser forte e determinado a nos devolver o nosso velho e bom normal. Quero abraçar, beijar, quero gosto de bochecha, quero dançar de rosto colado.

Num velho ano que perdi muitos dos meus, que chorei por eles e que cheguei perder a esperança, espero que de fato no novo tudo mude.

Nos planos para o novo, apenas isso, uma vida normal. O resto a gente luta e conquista.

Perceba que a nossa capacidade de planejamento foi aleijada pela pandemia que nos acompanhou. Antes queríamos muitos planos e mais planos.

Hoje sabemos o valor real das coisas reais, que de fato valem a pena.

Agora viver está no topo da lista. A vida ganhou a importância que sempre deveria ter tido e neste sentido ter vivido tudo isso foi positivo. Hoje sabemos o valor real das coisas reais, que de fato valem a pena.

Vamos ser realistas, teremos 365 oportunidades para acertar e muito de tudo que vai acontecer não dependerá apenas de nós. Então vamos nos unir e juntos encontrar o tempo exato pra que as coisas aconteçam. Vamos mais do que nunca precisar nos unir, esta deve ser a grande palavra do ano que chega, UNIÃO. Sem isso estamos fadados a uma interminável lista de mortos e mortes.

Enquanto a vacina não chega vamos seguir na rotina imposta pelo velho ano que está acabando. Máscaras, álcool em gel e distanciamento social. É o mínimo que podemos fazer.  

*Luiz Fernando Fernandes é Jornalista em Cuiabá.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.midiahoje.com.br

Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP



Comente esta notícia