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geral Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 09:55 - A | A

Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 09h:55 - A | A

AMEAÇA NUCLEAR

Putin convoca 300 mil reservistas e faz ameaça nuclear: 'não é um blefe'

G1

Reprodução

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Em um pronunciamento inédito à nação pela TV, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (21) que convocará cerca de 300 mil cidadãos da reserva para se unirem às tropas russas na Ucrânia e fez ameaças nucleares ao Ocidente.

 

Esta é a primeira grande mobilização militar feita pela Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

 

"Não é um blefe", declarou o líder russo. "(...) Nosso país tem vários meios de destruição, alguns dos quais são mais modernos do que os dos países da Otan". 

 

No discurso, também sem precedentes desde o início da guerra da Ucrânia, em fevereiro, Putin disse ter prorrogado indefinidamente os contratos dos soldados que já estão lutando no país vizinho e anunciou ainda o aumento de gastos com a produção de armamentos.

 
 

O discurso ameaçador de Putin preocupou o Ocidente (veja mais abaixo) e foi feito em um momento no qual o governo ucraniano faz uma forte e veloz operação de contraofensiva, com o apoio logístico dos países europeus e dos Estados Unidos.

 

No pronunciamento, o presidente russo disse também que dará apoio aos referendos de separação da Ucrânia anunciados em regiões como Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, invadidas pela Rússia. As consultas públicas ocorrerão neste fim de semana.

 

Putin afirmou ainda que a Rússia usará todos os recursos à sua disposição para defender o que chamou de "seu povo", sem explicar, porém, que ameaças são essas. Dentre as medidas anunciadas pelo russo está, além do financiamento da produção de armas, a de dar status legal aos voluntários combatendo no Donbass ao lado das tropas russas. 

 

Reações

 

O discurso de Putin gerou reaçõs imediatas de governantes da Europa.

 

Apesar de mostrarem certa preocupação com o tom ameaçador de Putin, representantes de países como Alemanha e Reino Unido avaliaram que as novas ações anunciadas pelo líder russo são o sinal de que Moscou está perdendo a guerra na Ucrânia.

 

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, chamou as palavras de Putin de "retórica perigosa e imprudente".

 

"Vamos garantir que não haja mal-entendidos em Moscou sobre exatamente como vamos reagir. Claro que depende do tipo de situação ou de que tipo ou armas eles podem usar. O mais importante é evitar que isso aconteça, e é por isso que estamos sendo muito claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes desse ataque", declarou Stoltenberg.

 

Até o papa Francisco, em audiência semanal no Vaticano, falou sobre a ameaça travada por Putin.

 

"É uma loucura pensar em usar armas nucleares neste momento", declarou o pontífice durante sua audiência semanal no Vaticano.

 

Já o porta-voz da União Europeia falou de uma "aposta nuclear muito perigosa" feita por Putin, e a ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Gillian Keegan, disse que o discurso é uma "escalada preocupante".

 

 

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