A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira uma nova fase da operação que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, o foco desta ação mira nos possíveis "mandantes e eventuais coautores" do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em Cuiabá em dezembro de 2023.
O advogado foi peça chave na investigação sobre um suposto esquema de venda de decisões do Poder Judiciário, que foi descoberto inicialmente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e depois se estendeu para o STJ. Foi a partir do celular dele que as autoridades se depararam com indícios de pagamento de propina a desembargadores e assessores de ministros do STJ.
Os agentes estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, além de medidas cautelares como o recolhimento de passaportes.
Os cinco alvos principais identificados até agora são:
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Aníbal Manoel Laurindo: produtor rural, apontado como mandante;
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Coronel Luiz Cacadini: suposto financiador do crime;
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Antônio Gomes da Silva: acusado de ser o atirador;
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Hedilerson Barbosa: suposto intermediador e dono da arma usada no crime;
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Gilberto Louzada da Silva: também investigado.
As funções foram atribuídas pela Polícia Civil de Mato Grosso, que indiciou o grupo em 2024.As ações foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, que conduz o inquérito na Corte em razão de haver citações a ministros do STJ.
De acordo com as investigações, a organização criminosa contratou um grupo que praticava espionagem e homicídios sob encomenda para executar o advogado.
Zanin prorrogou as investigações por mais 60 dias. Em seu pedido para ampliar o prazo para a apuração, em maio, a PF argumentou que o esquema tem se revelado “consideravelmente mais sofisticado e complexo” do que imaginavam os próprios investigadores.
Em março deste ano, o ministro já havia atendido a um pedido da PF para esticar a investigação por mais 45 dias.
*Via G1/O Antagonista
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