A Casa Branca confirmou que as tarifas de 25% sobre as importações dos Estados Unidos de aço e alumínio entraram em vigor a partir de 0h desta quarta-feira (12/3). A medida afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores do material para os norte-americanos.
Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca afirmou que a decisão anunciada por Donald Trump no início de fevereiro vale para “o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais” logo nas primeiras horas de quarta.
“De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, disse Kush Desai.
A medida vai atingir importações de metal de todos os países, incluindo antigos aliados e importantes exportadores de aço e alumínio para os EUA, como é o caso brasileiro.
De acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil é, atualmente, o terceiro maior fornecedor de aço para o país comandado por Trump, atrás apenas de Canadá e México.
Impactos e reação
Apesar da expectativa de que o movimento provoque tensões nas relações comerciais entre Washington e Brasília, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não iria se posicionar sobre o assunto na terça.
Especialistas ouvidos pelo pelo portal G1 afirmam que o principal efeito da medida será a diminuição das exportações para os norte-americanos. Além disso, o cenário traz desafios para o setor siderúrgico, que terá que redirecionar suas vendas ou, no longo prazo, diminuir a produção.
Entre as empresas que têm fábricas instaladas no Brasil, os efeitos devem ser diversos. De um lado, estão as companhias com maior atuação no mercado de exportação — e que podem sair prejudicadas, com queda no volume exportado.
Do outro, estão aquelas cujo peso das exportações é menor, tendo o impacto suavizado. Nesses casos, os desafios ficam com a mudança do mercado interno, diante do possível aumento da oferta de produtos aqui no país — o que tende a baixar preços e reduzir as margens das companhias.
*Via Agência Brasil/G1
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