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geral Terça-feira, 08 de Fevereiro de 2022, 16:25 - A | A

Terça-feira, 08 de Fevereiro de 2022, 16h:25 - A | A

FALOU DEMAIS!

Monark é desligado dos Estúdios Flow após falas nazistas; "estava bêbado"

Redação

Monark durante Flow Podcast

 

Monark foi desligado dos Estúdios Flow. A informação foi divulgada pela empresa em um comunicado na tarde desta terça-feira (8), um dia depois de o então apresentador do Flow Podcast das declarações em apoio an nazismo e relativizar o antissemitismo. 

Após as declarações de Monark viralizarem, entidades judaicas, além da opinião pública, pressionaram patrocinadores do Flow para deixarem de apoiar financeiramente o podcast. A Flash Benefícios e a Insider Store romperam o vínculo com o podcast. Além disso, a empresa perdeu os direitos de transmissão do Campeonato Carioca, além do apoio de outros patrocinadores.

Em nota, os Estúdios Flow comunicaram a saída de Monark e pediram desculpas. “Reforçamos o nosso comprometimento com a democracia e os direitos humanos. Assim, o episódio 545 do Flow Podcast foi tirado do ar em todas as plataformas. Comunicamos também a decisão de que, a partir deste momento, o youtuber Bruno Aiub (Monark) está desligado dos Estúdios Flow”, diz o comunicado.

“Esta decisão foi tomada em conformidade com o que determinam todos os preceitos de boa prática, visão e missão dos Estúdios Flow. Lamentamos profundamente o episódio ocorrido”, disse a empresa. Segundo informações do jornalista Cesar Gaglioni, do Nexo, Monark deixou também a sociedade dos Estúdios Flow.

 

 

Mais cedo, antes da intensificação das críticas, André Gaigher, sócio dos Estúdios Flow, criticou o “cancelamento” sofrido por Monark. “99% não assistiu nem se quer (sic) esse trecho completo, como apelas para irem atrás do contexto antes do cancelamento?”, questionou nas redes sociais. Horas depois, a nota de desligamento de Monark foi divulgada.

 

Monark pede desculpas e afirma estar bêbado

 

Monark, apresentador do Flow Podcast, alegou que estava bêbado ao fazer declarações a favor de um partido nazista e avaliar que não era problemático ser "anti-judeu". Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele pediu desculpas à comunidade judaica.

“Queria só pedir desculpas mesmo, porque eu errei, a verdade é essa. Eu estava muito bêbado e fui defender uma ideia, uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, nos Estados Unidos por exemplo. Mas, eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro, eu estava bêbado e falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica”, afirmou Monark.

Ao mesmo tempo, o apresentador do Flow pediu “compreensão”. “São quatro horas de conversa, eu estava bêbado, fui insensível, sim. Errei na fala, na forma como me expressei. Dá a entender que estou defendendo coisas inaceitáveis. Peço compreensão de vocês mesmo e peço desculpas à comunidade judaica”, declarou.

 

Flow perdeu patrocínio

 

A empresa Flash Benefícios decidiu romper com os Estúdios Flow, responsáveis pelo Flow Podcast, após falas antissemitas do apresentador, Monark. O anúncio foi feito pelas redes sociais da empresa.

“A Flash Benefícios acredita em uma sociedade igualitária, sem qualquer tipo de discriminação. Não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos, nazistas e racistas, tecidos a partir de uma suposta liberdade de expressão”, declarou a empresa em nota de repúdio.

“Reforçamos que todo e qualquer tipo de opinião jamais pode ferir, ignorar ou questionar a existência de alguém ou de um grupo da sociedade. Diante de absurdos como esse, é preciso agir e, desta forma, solicitamos o encerramento formal e imediato de nossa relação contratual com os Estúdios Flow.”

Monark afirmou que apoiava a criação de um partido nazista e avaliou que não há problemas em ser “anti-judeu”. A fala foi rebatida pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que participava do programa

 

Patrocinadora apagou comentários

 

Além da Flash, a outra patrocinadora do programa é a loja de roupas Insider Store. Nas redes sociais, a empresa apagou comentários que criticavam o patrocínio ao Flow e afirmou que aguarda uma retratação. 

“Obrigado pela mensagem e por se importar. Porque decidimos patrocinar o Flow? Nós acreditamos em apoiar um conteúdo de debates e discussões interessantes. Poderíamos muito bem patrocinar o bigbrother e ganhar muito dinheiro, mas acreditamos que as conversas do Flow e outros podcasts como ciência sem fim são muito mais ricos em conteúdo, discussões e participantes. Por exemplo, somos a Tabata, que é medalista de mais de 30 olimpíadas de ciências nacionais e internacionais. E acho que o papo com ela foi incrível”, diz a mensagem, em referência à deputada Tabata Amaral (PSB-SP), uma das convidadas.

“Acreditamos que os podcasts trazem discussões relevantes e fazem as pessoas pensarem com mais profundidade sobre uma série de assuntos.”

“Sobre a opinião do Monark: Não concordamos nem um pouco com a opinião. Principalmente no direito de existir um partido nazista. Ele leva o pensamento libertário ao extremo e isso não faz o menor sentido. Inclusive um dos fundadores da Insider é judeu. Estamos aguardando a retratação do Flow e Monark em relação a esse evento.”

Essa não é a primeira vez em que patrocinadores do podcast são pressionados para deixarem de financiar o Flow. Em 2021, o iFood rompeu com o Flow após Monark dizer nas redes sociais que acreditava que ter opiniões racistas era um direito individual.

 

Confederação Israelita critica Monark

 

Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) criticou a fala do apresentador. “A Conib condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o ‘direito de ser antijudeu’, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast.”

“O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores’. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica.”

A Federação Israelita do Estado de São Paulo também se posicionou em nota. "Mesmo contestado pela deputada Tábata Amaral, Monark insistiu que suas falas estariam escudadas no princípio da liberdade de expressão, demonstrando, a um só tempo, desconhecer a história do povo judeu, e a natureza de um princípio constitucional essencial, muitas vezes deturpado por aqueles que insistem em propagar um discurso que incita o ódio contra minorias. Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos."

 *Via Estado de Minas e Yahoo Notícias

 

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