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geral Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 08:27 - A | A

Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 08h:27 - A | A

Saúde

Metade dos pacientes que já tiveram cálculo renal pode ter outro dentro de cinco anos, aponta especialista

Assessoria

Se você já teve uma pedra nos rins, certamente se lembra dela. A dor pode ser quase insuportável – surgindo em ondas até que a minúscula pedra passe por seu trato urinário e saia do corpo, o que nem sempre acontece naturalmente. Para muitos, cálculos renais (popularmente conhecidos como “pedras nos rins”) não são uma coisa única: em cerca da metade das pessoas que tiveram um, outro aparece dentro de cinco anos.

Os dados foram reforçados pelo membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), da Endourological Society e da American Urological Association (AUA), o médico urologista Antonio Côrrea Lopes Neto, durante o curso internacional Stone Day – um treinamento avançado em ureteroscopia digital para tratamento de cálculos renais de até dois centímetros por meio de um procedimento minimamente invasivo, sem necessidade de corte, realizado na última semana em Cuiabá.

Conforme explicou o médico urologista, a litíase urinária atinge atualmente aproximadamente 10% da população, com alta possibilidade de recidiva. “São pacientes que podem requerer procedimentos cirúrgicos várias vezes no decorrer da vida. Logo, quanto menos invasivo e agressivo for o tratamento, maior será o beneficio para eles: a recuperação será melhor e a morbidade do procedimento será menor. É o caso da ureterorrenoscopia, que é o procedimento mais utilizado para tratar cálculos no rim e no ureter”.

O especialista, que também é professor da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC e gestor da Urologia no HCor, reforçou que tratamentos altamente tecnológicos exigem que os profissionais se familiarizem tanto com a técnica quanto com os equipamentos – como o ureteroscópio flexível (LithoVue), que possui imagem digital de alta resolução e campo de imagem aumentado, o que garante um procedimento mais seguro e rápido.

“Esse aparelho altamente tecnológico, por exemplo, oferece uma visão muito boa para tratar um cálculo urinário. Torna o procedimento cirúrgico pouco invasivo e o pós-operatório mais confortável. Inclusive, sendo um sucesso o tratamento, o profissional, mediante rotina, está autorizado a dar alta para o paciente até no mesmo dia do procedimento. E o paciente volta muito rápido para suas atividades habituais – como trabalhar e realizar atividades físicas. Ou seja, não tem a vida interrompida por causa do tratamento”, ponderou Antonio.

CIRURGIAS AO VIVO – Durante a manhã de sábado (26), duas cirurgias foram transmitidas ao vivo para o evento, o que permitiu com que todos os 30 participantes (médicos urologistas e residentes em urologia) assistissem em tempo real os procedimentos. Tal aproximação proporcionou a oportunidade do público interagir diretamente com os professores-cirurgiões por meio de perguntas sobre a técnica e o equipamento utilizado. “Essa transmissão trouxe o centro cirúrgico para o anfiteatro. É como se os participantes estivessem in loco no hospital”, destacou Antonio.

Realizados no Santa Rosa, os procedimentos contaram com a participação do coordenador do Centro de Litotripsia Extracorpórea do AME-SBO/Unicamp, o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein (setor de Litotripsia Extracorpórea) Renato Nardi, bem como da equipe da instituição. “Os brasileiros são excelentes cirurgiões, mas não basta ter uma boa mão: é preciso entender as ferramentas que serão utilizadas para operar”, reforçou Renato.

O membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e membro da American Urological Association (AUA), o médico urologista do Hospital Santa Rosa, Carlos Bouret, esclareceu que a ureterorrenoscopia é “indicada principalmente para pacientes que têm cálculos calicinais ou cálices complexos com indicação para cirurgia a laser”.

STONE DAY – Promovido pelo Stone Institute e chancelado pela Endourological Society, com realização do Hospital Santa Rosa e apoio da Quality Medical, o evento englobou conteúdo teórico, instruções, treinamento prático em simuladores e discussões de casos, além da realização de duas cirurgias com a utilização do aparelho LithoVue. O Stone Institute é um centro de pesquisas e treinamento da Endourological Society, sediada em Nova York (EUA).

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