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geral Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 18:22 - A | A

Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 18h:22 - A | A

CASO RAQUEL CATTANI

Marido pagou R$ 4 mil para irmão matar Raquel Cattani, diz delegado

Redação

 

Reprodução

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Romero Xavier pagou R$ 4 mil ao irmão Rodrigo Xavier para matar Raquel Cattani, na noite de quinta-feira (18), em sua propriedade de Nova Mutum, a 264 km de Cuiabá. Ambos foram presos na noite de quarta-feira (24), Rodrigo em Lucas do Rio Verde e Romero na casa do deputado Gilberto Cattani, próxima à cena do crime.

 

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o delegado Guilherme Pompeu afirmou que o assassino de Raquel confessou que recebeu o valor de R$ 4 mil do irmão para matar a ex-cunhada. Ambos não se falavam há algum tempo, mas se reaproximaram após a separação da vítima e acusado.

 

“Tanto na entrevista quanto em interrogatório, ele afirmou categoricamente que recebeu R$ 4 mil para cometer o crime, e inclusive já havia utilizado R$ 1.500 para comprar um carro”, contou.

 

Em depoimento, Rodrigo afirmou que foi deixado pelo irmão na propriedade de Raquel, arrombou a porta do quarto dos filhos do casal e ficou esperando pela vítima dentro da chácara. “Após a vítima chegar, ele a surpreendeu e começou a golpe-la”. 

 

“Ele relatou que chegou em casa com a moto e, somente no outro dia, deixou a motocicleta no rio. O que sugere que não foi um crime patrimonial, mas sim um crime a mando do próprio irmão que teve o objetivo de matar a ex-esposa. O intuito dele não era roubar e sim matar a vítima mediante pagamento”, contou o delegado Pompeu.  

 

150 pessoas ouvidas

 

A Polícia Civil entrevistou 150 pessoas, no período de seis dias de diligências, para esclarecer o assassinato de Raquel Maziero Cattani, de 26 anos, ocorrido há quase uma semana, em Nova Mutum. Foram ouvidos familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.

 

A investigação envolveu equipes das delegacias regional, municipal e a especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum. O esforço investigativo, coordenado pelos delegados Edmundo Félix de Barros Filho e Guilherme Pompeo, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.

 

Na tentativa de ludibriar as investigações, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e a ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.

 

Porém, no decorrer das diligências, as equipes policiais foram reunindo evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal – o mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão, o executor do crime, que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial. 

 

Simulou latrocínio

 

Para levar a polícia a crer que se tratava de um possível latrocínio, após matar a vítima, o executor do crime quebrou uma televisão e a jogou na parte de fora da casa, e levou alguns objetos pessoais e a motocicleta de Raquel.

 

Ao ser preso em flagrante na quarta-feira, ele relatou aos policiais civis que jogou o veículo, a arma usada no crime e um celular dentro do Rio Verde, em Lucas do Rio Verde.

 

Nesta quinta-feira (25), as equipes policiais realizaram as buscas no local indicado, com auxílio do Corpo de Bombeiros, para a retirada do veículo do rio. A motocicleta foi enviada à delegacia em Nova Mutum e passará por perícia.

 

Os dois irmãos presos pelo crime serão apresentados em audiência de custódia na Comarca de Nova Mutum, ainda nesta quinta-feira.

 

*Via Gazeta Digital e assessoria da PJC

 

 

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