Pela primeira vez na história EUA estão seguindo rumo a confronto com duas adversárias com capacidades nucleares, a China e a Rússia, segundo o comandante do STRATCOM dos EUA, Charles Richard, em discurso ao Comitê de Serviços Armados do Senado.
De acordo com o chefe do Comando Estratégico dos EUA, "China e Rússia desafiam a nossa força através de uma ampla gama de atividades que requerem uma resposta concentrada e integrada do governo. Pela primeira vez em nossa história, a nação [norte-americana] está avançando rumo a confronto com duas adversárias estratégicas que ao mesmo tempo têm capacidades nucleares, mas que devem ser dissuadidas de maneiras diferentes".
Comandante sênior dos EUA considerou a cooperação estratégica entre China e Rússia no âmbito militar, citando como exemplo exercícios conjuntos Kavkaz 2020 (Cáucaso 2020), um sinal preocupante.
Em relação à China, Richard aponta que Pequim continua avançando nos programas de modernização do seu arsenal nuclear para cumprir as metas de longa data de negação da projeção de poder dos EUA no Indo-Pacífico e superação da nação norte-americana como parceira de segurança preferida dos países da região.
"China já é capaz de executar qualquer estratégia de utilização de armas nucleares na sua região e em breve poderá fazê-lo também com alcances intercontinentais", ressaltou o comandante sênior dos EUA, acrescentando que o gigante asiático já não é uma ameaça inferior à que representa a Rússia.
Em relação à Rússia, o comandante do STRATCOM afirmou que as armas nucleares continuam sendo um elemento fundamental da estratégia de segurança de Moscou que está concluindo a sua campanha de modernização da tríade estratégica e dos sistemas de dupla utilização.
O comandante ainda ressaltou que o armamento nuclear pode ser aplicado em resposta a um ataque convencional em caso da presença de uma ameaça à existência norte-americana.
"Portanto, nossas forças nucleares devem incluir uma gama suficiente de capacidades e atributos para que a Rússia perceba erroneamente qualquer vantagem de usar armas nucleares em qualquer limiar de violência", sublinhou.
Mensagem do STRATCOM sobre guerra nuclear
Na terça-feira (20), o Comando Estratégico dos EUA (STRATCOM, na sigla em inglês) emitiu uma prévia de comunicado sobre a postura nuclear norte-americana.
Pré-visualização da declaração de postura: o espectro do conflito hoje em dia nem é linear nem previsível. Temos de ter em conta a possibilidades de um conflito que conduza a condições que poderiam muito rapidamente levar um adversário a considerar o uso nuclear como a sua opção menos ruim.
Aparentemente este não é apenas um sinal de alerta para os políticos dos EUA, mas também uma tática para tentar pegar em armadilha "adversárias" como a China e a Rússia em uma corrida armamentista nuclear, escreve Global Times.
Além da pré-visualização, o comunicado não fornecia outras informações, vínculos ou contexto adicionais.
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