Cientistas advertem que o vírus Nipah, que provoca inflamação no cérebro e é 75 vezes mais mortal do que a COVID-19, poderia se transformar na próxima pandemia, alertam cientistas.
Os portadores do Nipah, tal como os do SARS-CoV-2, são os morcegos. Este vírus é uma das principais preocupação para os cientistas.
Inchaço cerebral grave, convulsões e vômitos são apenas alguns dos sintomas deste perigoso vírus, que foi descoberto pela primeira vez em 1999 na Malásia.
Surtos ocorridos no sul e sudeste da Ásia mostram que Nipah é extremamente mortal, com um taxa de letalidade entre 40% e 75%. Em comparação, de acordo com os dados do Imperial College de Londres, a taxa de letalidade da COVID-19 é de cerca 1%, escreve o The Sun.
O vírus é considerado um dos patógenos de maior prioridade da Organização Mundial da Saúde para o desenvolvimento de uma vacina.
O Nipah suscita tanta preocupação porque apresenta um longo período de incubação de até 45 dias, o que significa que uma pessoa pode espalhar o vírus por mais de um mês antes de adoecer, além da sua capacidade de passar de espécie para espécie.
A doutora Rebecca Dutch, responsável pelo Departamento de Bioquímica Molecular e Celular da Universidade de Kentucky e especialista mundial no estudo de vírus, disse que, embora não haja atualmente surtos de Nipah no mundo, estes ocorrem periodicamente e é "extremamente provável" que vejamos mais.
"O Nipah é um dos vírus que poderia perfeitamente ser a causa de uma nova pandemia. Vários fatos sobre o Nipah são muito preocupantes", afirmou.
"Muitos outros vírus nessa família (como o sarampo) se transmitem facilmente entre as pessoas, por isso há preocupações de que uma variante do Nipah com alta capacidade de transmissão possa surgir", advertiu a cientista.
Ela ressaltou ainda que a sua alta taxa de mortalidade é muito superior à da COVID-19.
Além de morcegos, os porcos também podem contrair o vírus por ingerirem mangas infectadas e sabemos que são capazes de transferir a doença para os seres humanos.
Segundo estudo publicado na revista Nature Communications, o Sudeste da Ásia, a parte sul e central da África, a área em torno da Amazônia e o Leste da Austrália são as áreas de maior risco para o surgimento de novas doenças.
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