A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Mato Grosso pediu ao governo do estado a flexibilização do decreto que prevê medidas contra a Covid-19. A organização cita prejuízo de mais de R$ 360 milhões nas atividades comerciais do estado.
Entre as determinações do governo estão o toque de recolher das 21h até às 5h e, de segunda à sexta, os estabelecimentos devem parar as atividades a partir das 19h e seguir fechados até às 5h.
Segundo a CDL, diante do forte impacto econômico, sem reversão para muitas empresas mato-grossenses, os mais de 18 mil associados elaboraram um documento solicitando ao governador do estado.
O documento foi protocolado na Casa Civil na quinta-feira (4).
No documento a CDL relata que o momento da saúde pública é grave e requer atenção, porém, é preciso se ater também no impacto que as medidas restritivas podem causar para a economia mato-grossense.
“As medidas impostas pelo decreto poderão resultar na falência de empresas, consequentemente o fechamento de postos de trabalho formais e perda de renda de muitas famílias. Estima-se que durante os 15 dias de duração do decreto poderá causar um prejuízo para as atividades econômicas próximo a R$ 360 milhões, destacando que somente nas atividades de bares e restaurantes o prejuízo estimado é de R$ 154 milhões”, pontuou a CDL.
A organização pede flexibilizações nos horários e sugerem algumas ações ao governo que podem ajudar no controle da disseminação do coronavirus, tais como: implantação de protocolos para monitoramentos de sintomas iniciais; intensificação na imunização da população com vacina e outros.
Também pede a reativação de UTIs e/ou hospitais de campanha; utilização de prédios públicos, como estádios e ginásios para atendimento à população; intensificação das fiscalizações em estabelecimentos que não cumprem os protocolos de biosseguranças; campanhas de conscientização e distribuição de materiais orientativos.
O documento reforça que os empresários já adotam as medidas de biossegurança.
Decreto do governo
- Toque de recolhe das 21h até às 5h
- De segunda à sexta, os estabelecimentos devem parar as atividades a partir das 19h e seguir fechados até às 5h
- Aos sábados e domingos, poderão funcionar somente até às 12h
- Farmácias, serviços de saúde, funerárias, postos de gasolina (exceto conveniências), indústrias, transporte de alimentos e grãos, e serviços de manutenção de atividades essenciais, como água, energia e telefone, poderão seguir abertos normalmente
- Nos horários permitidos, os comércios deverão respeitar as medidas de segurança, como o uso de máscara, distanciamento e limitação de 50% da capacidade máxima do local
- Eventos podem ocorrer dentro do horário permitido, respeitado o limite 30% da capacidade do local, e número máximo de 50 pessoas
- Os serviços de entrega por delivery seguem autorizados até às 23h
- O transporte coletivo e por aplicativo podem funcionar normalmente
- Nos órgãos públicos estaduais, fica suspenso o atendimento presencial em todas as secretarias e órgãos do governo, com exceção das unidades finalísticas. Quanto a jornada de trabalho, cada secretaria/autarquia vai disciplinar medidas para redução do fluxo de pessoas.
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