No dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a eficácia da CoronaVac e o pedido de uso emergencial da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro disse que menos da metade da população será imunizada contra a covid-19.
A apoiadores, no Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (7), ele perguntou quantos tinham a intenção de se vacinar. De um grupo de mais de 20, apenas três teriam se manifestado, segundo o presidente.
"Alguém sabe quantos porcento da população vai tomar vacina? Pelo que eu sei, menos da metade vai tomar vacina. E essa pesquisa que eu faço, faço na praia, faço na rua, faço em tudo quanto é lugar. Mas para quem quiser, em janeiro vai ter. Pessoal pode tomar, sem problema nenhum", disse.
Ao contrário do que afirmou o presidente, pesquisa Datafolha divulgada no dia 12 de dezembro de 2020 mostrou que 22% dos entrevistados não pretendem ser imunizados e 73% informaram querer participar da campanha de imunização.
Apesar de dizer que não está fazendo campanha contra a imunização, Bolsonaro tem colocado a vacina sob questionamentos. O presidente também insiste em dizer que não irá se vacinar.
Especialistas afirmam que só será possível interromper a circulação do vírus quando a imunização chegar a 70% da população.
Bolsonaro garantiu ainda aos apoiadores que não faltarão seringas para a vacinação. A declaração ocorreu no momento em que ele comentava sobre a aquisição de seringas e agulhas, postergada pelo governo federal, embora os fabricantes alertassem para o problema desde o início do segundo semestre do ano passado.
"Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande", escreveu o presidente em uma rede social na quarta-feira (6).
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