Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Santiária informaram nesta terça (10) que manterão a suspensão dos testes da Coronavac após uma reunião nesta manhã com o Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Em entrevista coletiva, o gerente-geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes, disse que eles aguardam um documento do comitê independente de pesquisadores que supervisiona os estudos.
A CNN apurou que o evento adverso grave que interrompeu os testes foi o suicídio de um voluntário. O Instituto Butantan disse ter recebido a notícia da interrupção dos testes com surpresa. A agência disse que essa informação não constava no ofício que receberam nesta segunda (9).
"Somos reguladores e cientistas, nos pautamos pelos dados. A mídia dizer algo não é suficiente para a gente. A decisão é baseada nas informações que a gente tem", disse. "O comitê independente de segurança que tem a responsabilidade de investigar e emitir manifestação sobre a continuidade ou não dos estudos".
Ele explicou que esse grupo é composto por pesquisadores que não estão envolvidos no processo. "A Anvisa, só com essas informações e sem um documento do comitê, dizendo o que realmente aconeceu, fazendo investigação para dar confiabilidade a essas informações, decidimos suspender. E mantemos até o momento".
Comparação com Oxford
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, comparou a atual situação à interrupção dos testes da vacina de Oxford no início de setembro.
"Quando da interrupção de Oxford, com seus 900 anos de história, não foi a autoridade máxima de Oxford que veio à imprensa dizer que não havia correlação [entre evento adverso e a vacina]. Quem falou foi o comitê independente internacional. O desenvolvedor é parte interessada", afirmou.
"É fundamental que o comitê se manifeste. É um comitê isento, independente, não é ligado a nenhum desenvolvedor. O desenvolvedor poderá emitir opiniões e conceitos, serão opiniões e conceitos".
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