A notícia de nuvens de gafanhotos atacando árvores, hortas e plantações na região do distrito da Guia, a 30 km de Cuiabá, deixou muita gente na dúvida se a praga tem alguma relação com a espécie que causou grande devastação na Argentina. Segundo o Instituto de Desenvolvimento da Agropecuária (Indea-MT), não se trata da mesma espécie, felizmente. Os insetos detectados em Cuiabá são da espécie típica da América do Sul 'Tropidacris Collaris'. Já a praga que assustou a Argentina é da espécie 'Schistocerca cancellata', capaz de realizar grandes e distantes migrações.
De acordo com o Indea, os gafanhotos nativos têm menor hábito migratório, mas as revoadas em forma de nuvens podem ocorrer, normalmente decorrente de um desequilíbrio ambiental desencadeado por alterações climáticas como as queimadas. A redução da disponibilidade de alimentos causa a movimentação dos insetos para sua sobrevivência.
Os insetos poderiam ser controlados com o uso de inseticida, prescrito por profissional habilitado.
No caso da infestação na região da Guia, a alternativa de combate está sendo discutida por três órgãos: Secretaria Municipal de Agricultura de Cuiabá, Superintendência do Ministério da Agricultura na capital e Indea-MT. A informação foi confirmada na segunda-feira (31) pela secretária de Agricultura da capital, Débora Marques Vilar.
Seja lá como for, os moradores do Quintas do Bandeira e Machado, duas das comunidades mais afetadas, estão assustados. Eles estão impressionados com o tamanho dos gafanhotos. "Alguns parecem pássaros", diz um morador.
A presidente da Associação dos Morades da região, dona Josefina de Almeida, encaminhou fotos dos insetos aos órgãos que vão monitorar as pragas. Em média, segunda ela, os gafanhotos da Guia medem 10 cm.
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