Uma reportagem publicada em 2015 pela repórter Celly Silva, na época no site Repórter MT, veio à tona nesta semana de forma providencial. A matéria de cinco anos atrás relata a dissertação de mestrado do imunologista e mestre em Ciências da Saúde, Celso Saldanha. Na obra, ele traz um alerta para as autoridades e população cuiabana: a vida na capital mato-grossense vai se tornar cada vez mais insuportável, nos próximos 20 ou 30 anos, com o aumento gradativo da temperatura, das queimadas e da poluição aliados às desvantagens geográficas. Tudo isso junto, acabará afetando a saúde das pessoas através de doenças respiratórias, como sinusite, asma e pneumonia.
Segundo Celson Saldanha, o estudo tem o objetivo de sensibilizar o poder público para que se tomem medidas que revertam o quadro de crescimento desordenado da capital, que vê cada vez mais prédios sendo levantados e carros tomando as vias, sem que se reflita nos impactos disso na qualidade de vida a longo prazo.
“Cuiabá não está preparada para o aquecimento global”, enfatiza o médico.
Acompanhe duas frases de Saldanha, que resumem sua dissertação:
_ Tem tanta pesquisa sobre soja e outros insumos vendidos para a China. Por que ninguém faz uma pesquisa pra gente saber qual a melhor árvore pra se plantar no quintal de casa, uma coisa que beneficie a gente daqui?
_ Além da insolação terrível que nós temos aqui, agora temos o problema dos poluentes, as grandes construções que estão entrando em nossa cidade, destruindo a vegetação nativa. E Cuiabá, cada vez mais, está se tornando imprópria para nossa habitação.
Em um momento em que Cuiabá vive calor acima do normal, fumaça, praga de gafanhoto e com o Pantanal em chamas, o alerta de Celson Saldanha deveria, no mínimo, ser pauta prioritária.
Mas tem muita gente preocupada com campanha eleitoral. Talvez não sobre tempo.
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