Depois da repercussão negativa do "confronto" que teve com jornalistas na sexta-feira (20), quando chegou a acusar um repórter de ter uma "cara de homossexual terrível", o presidente Jair Bolsonaro resolveu aliviar um pouco o clima de tensão com a categoria. Recebeu no sábado (21), no Palácio Alvorada, um grupo de jornalistas para um bate-papo informal.
À vontade, de tênis e vestindo uma camisa do Flamengo e calça jeans, Bolsonaro voltou a criticar o Ministério Público pelo vazamento de informações; disse que pretende elevar para R$ 3 mil o valor dos salários isentos de Imposto de Renda (hoje está em R$ 2.380); lembrou da conversa na noite anterior de 15 minutos por telefone com o presidente americano Donald Trump, entre vários outros assuntos.
A conversa foi tão boa que extrapolou em muito o tempo inicialmente previsto: seria das 8h às 9h, mas só foi terminar 11h30.
Bolsonaro admitiu que é "tosco" muitas vezes com líderes internacionais, mas que esse é o seu jeito de ser, não vai mudar. "É o linguajar que tenho, não vejo como ofensivo", ponderou. E brincou com uma repórter. "Se eu chamar você de fofucha, pronto, vai ser o fim do mundo". Mas admitiu que erra também muitas vezes por causa do seu jeito e que precisa ter paciência para não "aloprar". Um dos erros admitido foi dizer, por exemplo, que a filha Laura, hoje com 9 anos, foi uma "fraquejada", já que todos os outros quatro filhos eram homens. "Me dei mal nessa". Avaliou também ter errado ao dizer que um jornalista tinha "cara de homossexual terrível".
O bate-papo, onde foram servidos aos jornalistas água e café, serviu para quebrar o gelo.
Entidades ligadas aos jornalistas já estavam defendendo boicote à exposições como ocorrida na sexta, em que um grupo de apoiadores do presidente se postou ao lado onde ele concedia a entrevista, interferindo diretamente na conversa.
Vamos ver os próximos capítulos desse novela.
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