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política Domingo, 23 de Outubro de 2022, 18:56 - A | A

Domingo, 23 de Outubro de 2022, 18h:56 - A | A

VOLTA PRA CADEIA

Jefferson se entrega à PF após atirar contra policiais

G1

 

Reprodução

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O ex-deputado Roberto Jefferson se entregou à polícia na noite deste domingo (23) após atacar policiais federais e passar 8 horas desrespeitando ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Agentes foram recebidos a tiros de fuzil e granadas ao cumprir o mandado de prisão na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Jefferson é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

 

O ex-deputado será levado à sede da PF, no Centro do Rio de Janeiro. Depois seguirá para o Instituto Médico Legal, para exame de corpo de delito, e para Bangu 8.

 

Após a prisão, Moraes se manifestou no Twitter:

 

"Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos."

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também comentou o desfecho do caso:

 

"Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio."

 

Veja os principais pontos sobre o ataque:

 

 

 

Bolsonaro e Lula se manifestam

 

Os dois candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT), se manifestaram sobre o caso em suas redes sociais.

 

"Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", postou Bolsonaro no Twitter.

Bolsonaro se manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

Bolsonaro se manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

 

Já Lula também se posicionou no Twitter:

 

"As ofensas contra a Cármen Lúcia não podem ser aceitas por ninguém que respeita a democracia. Criaram na sociedade uma parcela violenta. Uma máquina de destruição de valores democráticos. Isso gera o comportamento como o que vimos hoje."

Lula se manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

Lula se manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

 

Em um evento em São Paulo, Lula voltou a se manifestar.

 

"O que esse cidadão fez com a ministra Cármen Lúcia não é possível de ser aceita por ninguém que ama a democracia. Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões contra uma pessoa comum, muito menos contra uma ministra da Suprema Corte."

 

 

Decisão de Alexandre de Moraes

 

Em decisão que revogou a prisão domiciliar do ex-deputado federal Roberto Jefferson, ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que houve “notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais.

 

“No caso em análise, está largamente demonstrada, diante das repetidas violações, a inadequação das medidas cautelares em cessar o periculum libertatis do denunciado, o que indica a necessidade de restabelecimento da prisão, não sendo vislumbradas, por ora, outras medidas aptas a cumprir sua função”, afirma o ministro.

 

Moraes também afirma que as condutas de Jefferson podem configurar novos crime, como “calúnia, difamação, injúria, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitar publicamente animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade, além da questão discriminatória presente no vídeo de 21/10/2022”.

 

Nota da Polícia Federal

 

"A Polícia Federal informa que, na data de hoje (23/10), cumpre mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal, na cidade de Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro.

 

Durante a diligência, o alvo do mandado reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais. Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.

 

A equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial."

 

Nota da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

 

"A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudia veementemente o ataque sofrido por policiais federais durante o cumprimento de mandado de prisão, neste domingo (23/10), na casa do ex-deputado Roberto Jefferson, no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

 

É totalmente inaceitável qualquer tipo de violência contra policiais federais, em especial no cumprimento do dever legal estabelecido pela Constituição Federal.

 

A ADPF estima pela pronta recuperação dos policiais federais vítimas desse absurdo atentado. Os Delegados Federais vão acompanhar vigilantes o desdobramento dos fatos e exigirão uma rigorosa punição ao responsável pelas agressões."

 

 

 

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