Presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa (AL), o deputado Paulo Araújo (PP) disse que a intervenção administrativa em Cuiabá, referente ao sistema público de saúde, se justifica pela irresponsabilidade do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e pelos afastamentos de secretários por suspeita de corrupção. Ele afirma que a Saúde em Cuiabá entrou em colapso.
O parlamentar disse que nesta semana foi feito o pedido de intervenção por parte do Governo do Estado para restabelecer as condições mínimas na saúde pública da capital.
Araújo afirmou que Cuiabá recebe, sem falta, repasses de R$ 170 milhões do Governo Federal, mas ainda assim há atrasos de pagamentos. Para ele este é um dos fatores que justificam a intervenção.
“O sistema colapsou totalmente aqui no município de Cuiabá. Afasta-se o gestor temporariamente, o outro gestor com condições, com capacidade técnica, operacional e financeira restabelece o sistema e devolve para o gestor local. É isso que eu estou pedindo aqui pra saúde pública de Cuiabá [...] E o Governo do Estado, como é um ente maior federativo aqui dentro do estado de Mato Grosso, teria condições de sobra pra poder gerir essa massa falida”.
O deputado afirmou que a intervenção, apesar de ser medida cabível e legal, deve ocorrer apenas em último caso e avaliou que este é o caso de Cuiabá.
“Não dá mais pra gente ficar aceitando, só recebendo reclamações e não agir. Eu tenho 20 anos de experiência no Sistema Público de Saúde, o que se faz numa situação dessa? É uma situação extrema, é uma intervenção administrativa, recupera-se o sistema e devolve, foi o exemplo que aconteceu na Santa Casa. O município não conseguia gerar o contrato com a Santa Casa, conflitos atrás de conflito, a unidade parou de prestar o serviço, era extremamente importante, o estado de forma responsável foi lá e fez a intervenção administrativa, retirou aquele recurso financeiro por parte do município, começou a gerir aquele contrato”.
Ele avaliou que a situação chegou a este ponto por conta da irresponsabilidade do prefeito e pelos escândalos que ocorreram na Secretaria Municipal de Saúde.
“Não só irresponsabilidade, nós estamos falando de condução mesmo frente a um sistema que colapsou, colapsou por quê? Falta de gestão, os afastamentos reiterados de vários secretários por corrupção culminaram para que o sistema entrasse em colapso também, falta de medicamentos, a politização extrema na saúde complicou, então são vários fatores”.
Apesar disso, Paulo Araújo afirmou que tem uma relação boa com Emanuel, mas não vê outra alternativa ao problema que não seja a intervenção.
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