O título já é enganoso, pois, de gratuito não tem nada.
Quem paga o “Horário Eleitoral Gratuito” é o contribuinte com os impostos sempre mais caros.
Esse programa é o mais chato da televisão brasileira.
Para ficar livre do programa que financiamos, só se escolhermos uma TV paga, sendo que até no youtube ele nos alcança.
Assim mesmo temos que selecionar música boa para ouvir e evitar o “canal Bis”, que só toca música e é de um canal pago.
Como seria o perfil do espectador do Programa Eleitoral Gratuito?
Será que assistem por prazer?
Certamente, a não ser os familiares dos candidatos, ninguém assiste esse programa mentiroso de super-heróis lutadores pelo bem-estar dos seus.
E as entrevistas individuais ou coletivas dos candidatos majoritários, são daqueles que aparecem melhor colocados nas intenções de votos, segundo os desmoralizados institutos de pesquisas (!).
É um verdadeiro show de marqueteiros que tais técnicos de futebol portugueses, cobram uma fortuna para “treinar os candidatos” a responderem as perguntas que lhe serão feitas, sempre as mesmas desde o início desse programa.
O brasileiro que irá votar é muito bem informado e com antecedência já escolheu o candidato em quem votar, independente de assistir o tal programa eleitoral, que só é visto quando estiver numa sala de espera com a televisão aberta ligada.
Minha funcionária da cozinha que só trabalha com a TV ligada, o porteiro do meu edifício, o alfaiate em frente à minha casa e até em determinados quartos coletivos de hospitais, assistem o programa eleitoral, ou melhor ouvem nomes e números dos sabe-tudo candidatos.
São tantos os números e siglas partidárias, que confesso que não saberia mencionar o nome e número de partidos.
Acho que o perfil do tele espectador desse programa é estar em um ambiente com a televisão ligada e não poder desliga-la.
Dia desses me aconteceu um fato até então inédito para mim.
Estava trabalhando em meu escritório doméstico, quando o meu celular tocou.
Verifiquei que a chamada era local e mesmo não estando em minha lista de favoritos, resolvi atender.
A pessoa do sexo masculino se identificou como sendo de uma empresa de pesquisa que eu nunca tinha ouvido falar dela, e gentilmente me perguntou se teria alguns minutos para responder uma pesquisa sobre as próximas eleições.
Disse que era menor e não poderia votar, desligando o celular.
Imediatamente o moço pediu que uma colega me telefonasse sobre o mesmo assunto.
Respondi que o seu colega havia me telefonado e como tinha cem anos, meus bisnetos me proibiram de votar.
Gostaria de saber como traduziram o meu voto: se, branco, nulo, não souberam, ou deixariam de votar.
*Gabriel Novis Neves
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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