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opinião Domingo, 09 de Junho de 2024, 07:28 - A | A

Domingo, 09 de Junho de 2024, 07h:28 - A | A

BAR DO BUGRE

CLUBES DE FUTEBOL DE CUIABÁ

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 

 

Assisti a um documentário dos 90 anos do Mixto Esporte Clube, por sinal muito bem feito, que resgata, em parte, a linda história do clube da rua Cândido Mariano.

 

Conheci quase todos os fundadores do preto e branco.

 

Citarei nesta crônica os mais marcantes da história do clube fundado na papelaria Pepe, por homens e mulheres.

 

Morei por dez anos na rua de Baixo, vizinho do professor Ranulpho Paes de Barros.

 

Passei-o a admirá-lo pela sua dedicação ao clube.

 

Nos domingos, da janela da minha casa, via o professor Ranulpho se dirigir ao campo do Colégio Estadual, inaugurado em 1942 por Júlio Muller.

 

De terno branco e gravata, ia assistir à preliminar, formado pelos jogadores reservas, daquele que foi o seu time do coração.

 

Naquela época os cuiabanos e migrantes torciam pelos times de São Paulo, e principalmente, do Rio de Janeiro, onde era maior a colônia cuiabana, lugar predileto dos nossos jovens que procuravam cursar uma faculdade.

 

Em 1946 me mudei para a rua do Campo entre o Clube Feminino e a sede da Academia de Mato Groso.

 

Com meus colegas organizávamos ‘campeonatos de jogos de botão’, confeccionados em casa e jogado no chão do corredor, sala de visita e quarto.

 

Lá em casa na época éramos três meninos, e cada um escolheu seu time, que era do Rio de Janeiro.

 

Eu logo escolhi o Botafogo de Futebol e Regatas para ser o meu time de botão.

 

Pedro, o Fluminense, e o Inon o Flamengo.

 

Meu pai apreciava as touradas no Campo d´Ourique e a corrida de cavalos na Várzea de Ana Poupina.

 

Tive um colega que tinha um jogo de botões do Bangu.

 

O futebol cuiabano era totalmente amador e todos os seus craques exerciam alguma atividade.

 

Na quadra, após a Academia de Letras, bem na outra esquina, um rapaz que estava concluindo o ensino de 2º grau, para estudar medicina no Rio de Janeiro, jogava futebol pelo Americano.

 

Nos dias de jogos do seu clube, saía de casa com uniforme e chuteiras.

 

Mixto, Dom Bosco, Americano, Paulistano e ABC eram os clubes que me lembro.

 

Ia caminhando pelas calçadas até o campo do Colégio Estadual, no Bosque.

 

Amigo, e futuro colega, retornava assim para casa.

 

Mixto, Dom Bosco, Americano, Paulistano e ABC eram os clubes que me lembro.

 

O Lisboa, roupeiro do Mixto morava na rua atrás da minha casa e participava das nossas brincadeiras.

 

Pepe e Naly, donas da Papelaria Pepe, não perdiam um jogo de futebol aos domingos.

 

Praticavam tênis pelo Mixto, indo uniformizadas e com raquetes e bolas ao Estádio do Colégio Estadual.

 

Eu me tornei torcedor do Americano e Botafogo no Rio.

 

No Rio de Janeiro assisti à estreia do Garrincha jogando no time de aspirantes do Botafogo, em março de 1953, no estádio da rua General Severiano.

 

No retorno à minha cidade natal para exercer a minha profissão de médico, não encontrei mais o Americano, Paulistano e ABC.

 

Os jogos eram realizados no Dutrinha, no Porto.

 

Morei quase em frente da casa da dona Zulmira Canavarros que se tornou minha cliente. Era fundadora e autora do lindo hino do Mixto.

 

Deixei de torcer por clubes daqui, sem antes não assistir a um jogo de futebol de um clube profissional e amador.

 

O Madureira do Rio de Janeiro deu um show no meu Americano, em 1952.

 

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*Gabriel Novis Neves

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

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