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opinião Quarta-feira, 26 de Outubro de 2022, 08:23 - A | A

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2022, 08h:23 - A | A

BAR DO BUGRE

AMIZADE ETERNA

*GABRIEL NOVIS NEVES

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No mundo atual, poucas pessoas entendem que o amor seja para sempre, e a amizade eterna.

 

Quando fui Secretário de Educação e Cultura do Estado de Mato Grosso (1968-1971) ainda não dividido, tinha muitos funcionários.

 

Com a minha nomeação como Reitor para implantar a Universidade Federal de Mato Grosso (1971-1982) levei muitos deles para trabalharem comigo.

 

Citarei apenas a secretária do meu gabinete, Ana Domitila de Amorim, e seu marido Washington, para o setor de educação física.

 

Na UFMT aproveitei quase todos os docentes e servidores administrativos, assim como os da Faculdade Federal de Direito e do Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá (ICLC).

 

Sabia que não podia errar nas contratações, e utilizei testes escritos e entrevistas antes de contratá-los.

 

Nessa missão fui ajudado pelos meus colegas em cargos de confiança, sendo muitos meus conhecidos de algum tempo.

 

Todos os servidores nomeados por mim eram bem novos, a partir do reitor que, após dirigir um hospital e secretaria de estado, possuía 36 anos incompletos.

 

A política partidária tentou, mas, nunca interferiu nessas escolhas, todas da minha responsabilidade.

 

Certa ocasião um deputado federal, me fez uma série de pedidos para nomear seus cabos eleitorais, não atendidos.

 

Foi ao ministro da educação mentindo que eu só atendia pedidos políticos do senador Filinto Muller, pedindo providências, por escrito.

 

O ministro despachou o processo administrativo mandando abrir uma sindicância para apurar a denúncia.

 

Embaixo escreveu: Conheço o reitor. Não acredito. Assinou e datou.

 

Uma tarde, apareceu no 2º gabinete da reitoria, um jovem advogado-auditor, e me mostrou o processo.

 

Conversou comigo por alguns minutos.

 

Indeferiu a queixa, dando ciência ao ministro.

 

Este leu, mandou dar ciência ao deputado e arquivou.

 

Prestava serviço na reitoria no setor de protocolo, um jovem rapaz muito educado, chamado por todos de Chico.

 

Seu irmão Orlando de apenas 14 anos era mirim, nome antigo dado ao menor aprendiz.

 

Cativou a todos e quando completou 18 anos foi contratado como motorista para servir na vice-reitoria administrativa.

 

Ambos ainda são servidores da UFMT e há muito tempo não os vejo.

 

O Orlando mora em uma chácara distante de Cuiabá, estando trabalhando com seus amigos engenheiros que conheceu na universidade, na comunidade de São Jerônimo, para que uma estrada chegue ao esconderijo que escolheu para viver.

 

Estava reunido com amigos em uma manhã de domingo, quando apareceu um cabo eleitoral de um senador pedindo o seu voto.

 

Citou o nome do seu suplente que é o meu genro.

 

Foi o suficiente para se levantar da rede onde gosta de contemplar a natureza, falando com carinho da amizade comigo, minha filha, meu genro, filhos, irmã, cunhado e sobrinhos.

 

Consultados por mim sobre o vídeo que ele me mandou, disseram que a amizade com o Orlando era eterna.

 

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*Gabriel Novis Neves

 

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

 

 

 

 

 

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