A Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde (Conitec) emitiu parecer favorável à incorporação do medicamento Zolgensma ao Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi confirmada no sábado, 3, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, via Instagram.
Anteriormente, era necessário recorrer à Justiça pelo direito de receber a dose de Zolgensma, já que o remédio é um dos mais caros do mundo e cada dose custa em torno de R$ 10 milhões. Em março de 2022, por exemplo, uma criança capixaba conseguiu o tratamento pela via judicial.
De acordo com especialistas em neurologia, uma única dose do medicamento tem quase 100% de eficácia, sendo capaz de interromper a progressão da doença.
Segundo o ministro, a recomendação da Conitec é que o remédio seja usado para tratar crianças com até 6 meses de vida diagnosticadas com Atrofia Muscular Espinhal (AME) do tipo I e que estejam fora de ventilação evasiva acima de 16 horas por dia.
“Com isso, o Sistema Único de Saúde do Brasil ofertará as tecnologias mais avançadas para o tratamento da AME. Isso porque o Zolgensma se une ao Nusinersena e ao Risdiplam, tratamentos já incorporados ao sistema de saúde”, detalhou Queiroga.
A doença
A AME é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.
Os principais sinais incluem:
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Perda do controle e de forças musculares;
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Incapacidade ou dificuldade de movimentos e locomoção;
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Incapacidade ou dificuldade de engolir;
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Incapacidade ou dificuldade de segurar a cabeça;
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Incapacidade ou dificuldade de respirar.
Via: Agência Brasil.
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