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geral Terça-feira, 24 de Novembro de 2020, 12:27 - A | A

Terça-feira, 24 de Novembro de 2020, 12h:27 - A | A

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

Sindicalista que disputou eleições diz ter sofrido atentado e até agora nada foi feito

RDnews

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Presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Sinpol), Edleuza Mesquista (PSB), que disputou vaga como vereadora na Câmara de Cuiabá nestas eleições, disse, nesta manhã (24), que realmente sofreu um atentado durante a campanha eleitoral, sendo exposta a risco de morte. Para a investigadora, as autoridades públicas prevaricaram, ou seja, não tomaram as devidas providências para chegar aos responsáveis pela invasão do comitê da candidatura dela. Em entrevista coletiva, afirmou que foi vítima de um plano de execução.

“Quando tomamos conhecimento dos fatos, pela imprensa, buscamos as autoridades da Polícia Civil, no momento em que estava sendo feito o flagrante, e perguntei se a investigação seria feita pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), porque existe uma portaria, de número 40 de 2010 da PC, que diz que, quando a vítima é policial, a Gerência é que tem que apurar e tivemos a informação de que não se tratava de crime contra investigador e sim crime político, mas não tem nada concluso sobre isso”, diz ela.

Segundo relata, também procurou a Corregedoria-Geral da Polícia, pedindo que acompanhasse o caso, porque envolve policiais militares. Dia 12, foi presa pela Rotam uma quadrilha associada a este caso, formada por três PMs e dois funcionários do Pronto- Socorro Municipal de Várzea Grande. Os PMs foram identificados por cabo Roney Petterson Silva Faria, 41, e os soldados Valdir Maria do Nascimento, 30, e João Batista Silveira dos Santos, 35. Já os civis são Jackson de Almeida Pereira, de 27 anos, e Samuel da Silva Pedroso, 38.

Edleuza, que estava licenciada do Sinpol durante campanha eleitoral, reclama ainda que foi encaminhado flagrante para 2ª Delegacia de Polícia e não foi aberto, segundo ela, nenhum ato investigativo. “Conversando com o delegado, me disse que meu nome não foi citado, é claro que que não cita porque ninguém vai dizer que vai matar alguém”.

Ela disse que está apurando por conta e recebeu alguns áudios como prova do atentado, protocolados na Polícia Civil.

“Tudo conversado, tudo certinho, não tem nada enrolado aqui não”. A voz seria de Samuel, um dos presos por envolvimento na ocorrência, encaminhada para um sexto elemento, que seria o delator do plano.

Segundo ela, como nada foi feito de concreto até agora, ela como investigadora se preocupa e comenta que, se isso ocorre com alguém da área de segurança, imagine com cidadão comum. Diz que tem apoio de lideranças de outros segmentos da Segurança e há uma mobilização nacional para pedir providências.

“Existe indícios do atentado, temos informações que foram repassadas à Polícia Civil e somente ontem, quando divulgamos a convocação para coletiva, que fui intimada para ser ouvida em caráter de urgência”, comenta.

Foi pedida a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos, mas ela também diz não ter tido respostas do conteúdo investigado.

Na coletiva à imprensa, a presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Centro Oeste (Feipol/CON), Marcilene Lucena, demonstrou preocupação em deixar um fato dessa gravidade sem respostas, sem ficar claro quem foi o mandante e quem praticou o crime, e ainda o real objetivo da ação contra Edleuza. “Brasil é o país que mais mata policiais e, (nessas eleições), a cada 3 dias morreu um candidato". Ela afirmou ainda que, neste contexto, mulheres correm um risco a mais.

Participaram da coletiva André Gutierrez, que é presidente da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol); Giancarlo Miranda, vice-presidente da Cobrapol; e Marcilene Lucena, presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Centro Oeste (Feipol/CON).

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