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geral Segunda-feira, 08 de Agosto de 2022, 07:00 - A | A

Segunda-feira, 08 de Agosto de 2022, 07h:00 - A | A

COVID GRAVE

Pré-diabetes gera maior risco de Covid-19 grave, conclui estudo da Fiocruz

Revista Galileu

(Foto: Olga Kononenko/Unsplash)

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Pré-diabetes gera mais chances de ter Covid-19 grave

 

 

Pesquisadores da Fiocruz Bahia analisaram biomarcadores sanguíneos para entender as causas do agravamento da Covid-19 em pacientes com a pré-diabetes mellitus. Foi percebida uma associação entre os níveis da citocina interleucina-6 (IL-6) e o desenvolvimento de casos graves da doença. Também se constatou que os pacientes não apresentam grandes sequelas após três meses de recuperação. Liderado pelas pesquisadoras Natália Machado e Viviane Boaventura, o estudo foi publicado na revista Frontiers in Endocrinology.

 

A pesquisa comparou os biomarcadores sanguíneos de pacientes com pré-diabetes e pacientes sem pré-diabetes durante a fase mais grave da infecção e três meses após a hospitalização. Foi notado que pacientes pré-diabéticos necessitaram de maior tempo de hospitalização, com uma média de 15 dias comparada a média de 8 dias dos pacientes sem pré-diabetes.

 

Indivíduos pré-diabéticos que requeriram cuidados intensivos chegaram a 78% dos casos, em comparação com 56% dos pacientes sem pré-diabetes que necessitaram dos mesmos cuidados. Além disso, pré-diabéticos também apresentaram maior grau de lesão pulmonar.

 

Foi encontrada uma relação entre esses casos mais graves e os níveis de IL-6. Esse fator, associado com a redução da oxigenação no sangue, achava-se elevado em 63% dos quadros de pré-diabetes, mas não haviam grandes alterações em outros biomarcadores, como o TNF – Alfa e o Leucotrieno B4. Através desta observação, os pesquisadores entenderam que altos níveis de IL-6 podem ser um fator relevante para o agravamento da Covid-19.

Também foi investigado os impactos da doença em pacientes pré-diabéticos após três meses. Através do exame do nível de qualidade de vida e de sintomas residuais, não foram constatadas diferenças significativas nos parâmetros laboratoriais no período de três meses após a fase aguda da doença, nem grandes mudanças nos sintomas residuais entre pacientes com e sem pré-diabetes.

 

O mesmo grupo de trabalho já produziu outra pesquisa, analisando a interação do Leucotrieno B4 no agravo de casos de Covid-19 em pessoas com diabetes.

 
 

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