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geral Sexta-feira, 23 de Abril de 2021, 12:19 - A | A

Sexta-feira, 23 de Abril de 2021, 12h:19 - A | A

VACINAÇÃO

Pfizer vai entregar 1 mi de doses em 29/4. Apenas capitais vão receber

Metrópoles

reprodução

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Um milhão de doses da vacina Pfizer contra a Covid-19, compradas pelo governo federal, chegam ao aeroporto de Viracopos, em São Paulo, na noite da próxima quinta-feira (29/4). As unidades começam a ser distribuídas na sexta-feira (30/4).

A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, na manhã desta sexta-feira (23/4). De acordo com o gestor, as unidades estão sendo importadas do laboratório da Pfizer na Bélgica.

Nesta primeira remessa, as doses serão distribuídas apenas às 27 capitais do país, já que as outras cidades ainda não têm estrutura suficiente para armazenar os fármacos. As substâncias devem ser guardadas em baixas temperaturas para ter funcionamento garantido.

“A Pfizer tem uma característica de armazenagem peculiar. Nesse primeiro momento, a vacina vai ser distribuída para as 27 capitais brasileiras e, em um momento futuro, a gente vai preparar a infraestrutura dos demais municípios para que eles também recebam essas vacinas”, explicou.

Cruz pontuou que, recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou os protocolos para o armazenamento dos frascos da Pfizer. Antes, as doses tinham que ser refrigeradas em temperaturas entre -90°C e -60°C. Com a alteração, o padrão passou a ser de -25°C a -15°C, com os fármacos guardados por um período de até 14 dias.

“O novo regulamento flexibiliza um pouco as características da armazenagem e a torna menos desafiadora, o que nos dá um horizonte melhor para poder ampliar a distribuição aos municípios”, explicou o secretário-executivo.

Na última semana, a pasta informou que estava organizando a compra de 183 freezers para estocar as doses. O secretário-executivo comunicou que os aparelhos já foram adquiridos, e que estão no Centro de Distribuição do ministério em Guarulhos (SP).

Doses

Cruz também informou que a recomendação da Pfizer é que metade das doses sejam reservadas para a segunda a aplicação. Por isso, o ministério deve entregar, inicialmente, uma remessa com 500 mil unidades.

A outra metade será distribuída posteriormente, e servirá para a administração da segunda dose. O intervalo entre as duas aplicações é de 20 dias, de acordo com Rodrigo.

“A recomendação é de que os gestores locais concentrem a aplicação dessas doses preferencialmente em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa, com sistema de segurança que alerta em caso de problemas, como falta de energia elétrica, por exemplo. As orientações estão no 12º informe técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)”, comunicou a pasta, em nota publicada nesta semana.

Próximas entregas

Segundo o secretário, em maio, o país vai receber mais 2,5 milhões de doses da Pfizer, distribuídas em quatro entregas semanais de aproximadamente 650 mil unidades. Elas também serão encaminhadas apenas às 27 capitais.

Cruz revelou ainda que mais 12 milhões de unidades devem chegar em junho. Com as somas das entregas deste segundo trimestre, o país finaliza o recebimento das 15,5 milhões de doses da Pfizer, anunciadas pelo ministro Marcelo Queiroga na última semana.

Essas vacinas fazem parte do quantitativo de 100 milhões de doses da empresa, adquiridas pelo governo federal. O secretário-executivo disse que o restante das unidades deve chegar ao Brasil no terceiro trimestre do ano, mas assumiu que atrasos no cronograma podem ocorrer.

“Existem alguns fatores que podem atrasar o cronograma. O laboratório que produz as doses não é do Brasil, é no exterior. É um alvo que a gente tem, estamos trabalhando firmes para que cheguem no período previsto”, informou.

Ele também adiantou que o ministério está articulando a possibilidade de envio de doses do laboratório da Pfizer nos Estados Unidos ao Brasil, já que a primeira entrega será apenas com doses produzidas na Bélgica: “A expectativa é de que, em maio, a gente já tenha algumas remessas vindas do laboratório norte-americano”, disse.

Há, ainda, um segundo contrato com a Pfizer em andamento, para a compra de mais 100 milhões de doses. Essas novas unidades, no entanto, devem ficar para 2022. O secretário afirma que a pasta já está se preparando para a continuidade da campanha de vacinação no próximo ano e que, por isso, pretende reservar as doses para o período.

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