Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro/RJ.
A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Reduto político e milícia
Chiquinho e Domingos Brazão têm o reduto político e eleitoral em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, historicamente dominado pela milícia.
Chiquinho Brazão foi citado na delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco. Ele foi vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo MDB por doze anos, inclusive durante os dois primeiros anos de mandato de Marielle, entre 2016 e março de 2018, quando foi assassinada.
Em 2018, Brazão foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo Avante e, em 2022, foi reeleito para a Casa legislativa pelo União Brasil.
Chiquinho nunca havia sido citado no caso Marielle e chegou a afirmar à coluna do Guilherme Amado que tinha um bom convívio e relação com Marielle Franco nos dois anos em que dividiram o plenário da Câmara carioca.
Entretanto, o nome de seu irmão, Domingos Brazão, apareceu no depoimento do miliciano Orlando Curicica sobre o crime à Polícia Federal.
Irmã de Marielle celebra
No X (antigo Twitter), a irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, celebrou as prisões. “Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, afirmou.
Ela também cumprimentou nominalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes e completou: “Estamos mais perto da Justiça!”.