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geral Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2020, 06:50 - A | A

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CORONAVÍRUS

Pacientes que tiveram covid-19, em geral, ficam imunes por pelo menos oito meses

CORREIO BRAZILIENSE

REPRODUÇÃO

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Uma pesquisa australiana mostrou, pela primeira vez, que pessoas infectadas com o vírus da covid-19 ficam com uma memória imunológica capaz de protegê-las de uma reinfecção por, pelo menos, oito meses.

O estudo, além de esclarecer uma questão que ainda gera muita preocupação, indica que casos de reinfecção a curto prazo são raros e também reforça a crença de que as vacinas desenvolvidas para combater a doença devem ter eficácia de longo prazo.

Como alguns estudos haviam mostrado que a primeira leva de anticorpos produzidos logo após a infecção diminui depois de alguns meses, havia o receio de que a imunidade contra o novo coronavírus durasse pouco. O estudo australiano reduz bastante essa preocupação.

Liderada por Menno van Zelm, professor da Universidade Monash, a pesquisa mostrou que, mesmo com a diminuição dos anticorpos, células específicas do sistema imunológico, as células de memória B, se "lembram" da infecção pelo vírus e, ao serem expostas novamente ao Sars-Cov-2, disparam uma resposta protetiva por meio da rápida produção de anticorpos.

O trabalho foi publicado esta semana na revista especializada Science Immunology e acompanhou 25 pacientes com covid-19 durante 238 dias. Oito meses após a infecção, todos os pacientes continuavam produzindo as células B capazes de reconhecer o vírus.

"Esse resultados são importantes porque mostram, definitivamente, que pacientes infectados com o vírus da covid-19 de fato retêm imunidade contra o vírus e a doença. Essa vinha sendo uma nuvem que pairava sobre a capacidade de proteção que as vacinas poderiam fornecer. Agora, podemos ter forte esperança de que as vacinas vão assegurar proteção de longo prazo", afirmou Van Zelm em um comunicado à imprensa.

Reinfecção

Casos de reinfecção já foram confirmados em vários lugares, inclusive no Brasil. O estudo, no entanto, mostra que eles não devem ser a regra. No Brasil, dois casos desse tipo foram confirmados. Em ambos, houve um intervalo maior que 90 dias entre primeira e a segunda infecções.

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