O governador Mauro Mendes (DEM) acabou de anunciar a desistência da conclusão do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande. Agora, o Estado dá início aos projetos de implantação do BRT, que são os corredores exclusivos para ônibus.
Em coletiva a imprensa, o governador afirmou que a decisão foi tomada após conclusão de estudos feita com técnicos do Estado e do Governo Federal. Segundo ele, questões técnicas e econômicas subsidiaram a decisão.
“Muito claro e objetivo, por uma questão técnica, e econômica a curto e longo prazo a decisão a ser tomada para dar fim a solução para a mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande”, assinalou o governador.
Segundo o governador, foram feitas mais de 20 comparações entre os dois modais e a maioria delas apontou a viabilidade da mudança do VLT para o BRT. Entre os principais, destacou o democrata, está o tempo de conclusão da obra, valor para conclusão e da tarifa.
Por exemplo, para concluir o VLT o Estado necessitaria desembolsar mais R$ 763 milhões, enquanto que o BRT, já com a aquisição dos 54 ônibus elétricos, a expectativa é de gastar R$ 430 milhões.
O tempo de conclusão para as obras também põe em vantagem o BRT, que tem estimativa de ser concluído em 24 meses. Já para o VLT, seriam necessários 48 meses.
A tarifa para o BRT também é mais barata, comparada ao VLT. Os usuários andariam no BRT ao custo de R$ 3,07 e o VLT seria a R$ 5,38.
RETOMADA
Na coletiva, Mauro Mendes afirmou que já protocolou junto ao Governo Federal um pedido para mudar o objeto do financiamento. “Agora, ao invés de VLT será para as obras e equipamentos do BRT”, pontuou.
A partir da oficialização da mudança do modal, será iniciado projeto para iniciar as obras. A expectativa é de que elas comecem em agosto de 2021. “Em maio deste ano, o Governo vai publicar o edital das obras e, depois, publicaremos edital dos ônibus. Não vamos fazer o que aconteceu com VLT, que primeiro chegou os carros e depois começaram a fazer a obra. E a partir de agosto iniciar a implantação do corredor exclusivo do BRT”, frisou.
COBRANÇA DE R$ 676 MILHÕES
Paralelo ao destravamento das obras, o governo de Mato Grosso propôs uma ação contra o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande pedindo liminar para obrigá-los a levar equipamentos relacionados ao VLT (trilhos, veículos e outros) mediante uma garantia e ainda o ressarcimento de R$ 676 milhões. “Aquilo que eles fizeram e é útil ao Estado, como viaduto da UFMT, do Parque Cuiabá, tudo bem, eles vão receber. Agora o que não servir, pedimos que tomem de volta e devolvam esse valor”, assinalou.
Com esse dinheiro, o governador reforçou que é muito mais vantajoso para o Estado alterar o modal. Segundo ele, diversos juristas consultados apontam que o Estado ganhará esta ação.
“Se fizermos uma conta rápida, receberemos R$ 676 milhões corrigidos e temos a previsão de gastar R$ 430 milhões para fazer a obra e comprar os veículos, não temos dúvida que é uma decisão superavitária”, pontuou.
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