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geral Terça-feira, 27 de Setembro de 2022, 06:34 - A | A

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"ADUBO"

Califórnia aprova lei para transformar cadáveres humanos em adubo

CBN

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Adubo. (Foto: Freepik)

 

 

O estado norte-americano da Califórnia sancionou, após muita polêmica, uma nova legislação que permitirá que cadáveres sejam transformados em adubo. A partir de 2027, a compostagem humana - também conhecida como redução orgânica natural - pode ser escolhida por moradores que não querem ser enterrados ou cremados. Segundo Rosana Jatobá, esta seria a alternativa ambientalmente correta para evitar gases do efeito estufa.

"O processo começa retirando do corpo alguns materiais não orgânicos, como restaurações metálicas, próteses e marca-passos. Depois, o cadáver vai para um recipiente de aço, juntamente com lascas de madeira, flores, alfafa e palha - o que permite que micróbios e bactérias decomponham os restos mortais. Depois de um mês, o material é coletado e transformado em composto para adubar o solo", explica a comentarista.

Cada corpo gera, em média, um metro cúbico de adubo. De acordo com a legislação, o composto poderia ser usado pelo governo, para o cultivo de novas terras, ou devolvido para a família.

Rosana ainda pontua que as destinações mais tradicionais de corpos após a morte emitem muitos gases do efeito estufa. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde cerca de três milhões de pessoas morrem por ano, a cremação emite cerca de 360 mil toneladas de gás carbônico neste período. Os dados são da National Geographic. "Além de ser uma opção para as pessoas que estão insatisfeitas com a ideia de um enterro tradicional ou da cremação, a compostagem humana ajuda a combater as mudanças climáticas (...)", ressalta.

Outra vantagem deste método é evitar a poluição das águas subterrâneas. "Quando o corpo é enterrado tradicionalmente, ele emite um líquido conhecido como 'chorume', que contamina o meio ambiente", acrescenta a comentarista.

Com a aprovação, a Califórnia passa a ser o quarto estado norte-americano a legalizar o processo de compostagem humana. O primeiro deles foi Washington, onde a medida já está em vigor desde maio de 2020. Já Colorado e Oregon promulgaram legislação semelhante - a diferença é que, nesses estados, esse adubo não pode ser utilizado para cultivar alimentos.

 

 

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