
Tecnologia é a área que mais vai contratar. Há vagas para desenvolvedor, cientista de dados, analista de segurança da informação, entre outros Foto: Pixabay
Depois de um acentuado período de recessão, que chegou a registrar 13 milhões de desempregados, o país começa a retomar o fôlego no mercado de trabalho formal. A expectativa é que, a partir de 2020, as empresas abram novas vagas e descongelem as que foram suspensas, movimentando as contratações.
A retomada mais expressiva deve ficar para 2021 e 2022. Contudo, já há sinais de melhora.
Em novembro, os registros de emprego com carteira assinada tiveram saldo positivo de 99,2 mil vagas. Foi o oitavo mês consecutivo de criação de novas vagas com carteira assinada e o melhor resultado para novembro desde 2010.
A recuperação, porém, exige um perfil mais multidisciplinar e ativo dos profissionais. Mão na massa, mente de dono, visão estratégica e rapidez tecnológicas são algumas das habilidades que serão valorizadas.
Levantamento exclusivo realizado pela Robert Half Recrutamento e Seleção para O GLOBO mostra quais as áreas que mais devem contratar a partir de janeiro, os cargos mais demandados, assim como os perfis que as empresas buscam.
Independentemente de setor, as áreas de maior destaque serão, nesta ordem, a tecnológica, a de prestação de serviço — principalmente em empresas voltadas para a mobilidade e startups — e a de óleo e gás, que puxa outras indústrias.
— Em 2019, a retomada foi lenta e gradual. No próximo ano, será mais aquecida, especialmente com demandas para programação, análise de dados e desenvolvimento em tecnologia. Há pouca mão de obra qualificada para o que mercado necessita — afirma Leonardo Berto, gerente de recrutamento da Robert Half e um dos responsáveis pela pequisa, que também aponta melhora no setor da construção.
— O setor da construção e o de óleo e gás foram diferentes das outras áreas na crise. Foram muito afetados e impactaram outros mercados. Em 2020, porém, isso deve mudar. Com isso, mais vagas para engenharia e construção.
Profissionais da próxima década
Segundo ele, neste cenário de reaquecimento e áreas de aposta, a capacidade comportamental é essencial.
— Tem que ter atitude empreendedora, capacidade de lidar com muitas tarefas e comunicação entre as áreas. O perfil mão na massa é o que se sobressai — pontua.
O diretor de RH da Prudential, Eluard Moraes, também defende que jogo de cintura é crucial nesse mercado pós crise, mais relevante até que o conhecimento técnico.
— As empresas vão passar por reestruturações, o que não significa exatamente demissões, mas a necessidade de um profissional mais ágil e adaptável às constantes mudanças.
Segundo ele, nas profissões futuras distingue-se quem entregar um pouco mais.
— Não precisa ser disruptivo. A diferença na entrega é a forma como se faz. Por exemplo, o atendente de telemarketing pode achar um caminho para atender mais rápido. A atitude é mais importante até que a função em si. O que estou fazendo para melhorar a experiência do meu cliente? — avalia.
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