Ele é intenso, inteligente, comunicativo, divertido, verdadeiramente descontraído... talvez descontraído até demais! Há aqueles que não gostam, é verdade, mas dá para assegurar que a grande maioria das pessoas se identifica e gosta dele!
Estamos falando de Diego Hurtado, estrela da TV Centro América por vários anos e que, ao lado de Marina Martins, ocupou o jornalismo do MTTV com um jeito só seu, alegre, pra cima!
E ele não caiu de paraquedas ali.
Graduado em comunicação social, pós-graduado em jornalismo digital e mesmo ainda muito jovem, hoje com 31 anos, Diego construiu uma carreira de sucesso, galgando cada espaço. Começou na rádio Educadora AM em Fernandópolis/SP, passou pela Rádio Alvorada AM, também Fernandópolis, revista TiSS – Turismo, Informação, Social e Saúde, Tv Record em Juruena, Cotriguaçu e Nova Bandeirantes, Tv Tarobá (Band) em Cascavel e Foz do Iguaçu, e por ai vai... chegando a repórter de rede e editor-chefe da Band em Foz.
De lá para a TVCA de Rondonópolis foi um pulo. "Lá [em Rondonópolis] percebi que meu estilo ´descontraído´ não existia na emissora, e, paralelo a isso via no cenário nacional figuras se despontando no jornalismo com esse estilo, como Phillipe Siani, Tiago Laifer, e me perguntei, porque não experimentar, já que é algo natural em mim", explica.
E deu super certo!
Diego Hurtado levou à Globo local uma leveza de apresentação única, uma pitada de descontração, seja como repórter em Rondonópolis e Cuiabá ou como apresentador e editor-chefe do MTTV 1ª edição em Cuiabá (hoje MT1).
Mas e aí? Como é que alguém com essa trajetória de sucesso, sabe-se lá por que, de repente, resolve deixar o jornalismo e partir para o empreendedorismo nato, investir em seu próprio negócio? Se transformar em coach? E não é coach qualquer não!
Um breve curriculo dele na área deixa isso claro. Ele é Master Coach e hipnoterapeuta Ericksoniano formado pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC); hipnólogo clássico formado pelo Instituto Brasileiro de Formação em Hipnose (IBFH); treinador comportamental certificado pelo Instituto de Formação de Treinadores (IFT); e analista comportamental formado pela Solides Gestão. Atua desde 2010 como palestrante com foco em desenvolvimento humano, com bases de estudo no Coaching Programação Neurolinguística e Hipnose Clássica e Ericksoniana (PNL).
Em resumo... a preparação para a mudança já vinha sendo construída há anos.
Sua trajetória na TVCA, apesar de todo o sucesso, também foi de desafios e contestações. Muita gente não concordava com o seu jeito de apresentar.
"Foram inúmeras as críticas, seria incapaz de contar quantas dezenas delas recebi. Lembro-me de uma mensagem em especial que o telespectador dizia “esse moleque está brincando de fazer jornalismo? Que despreparo é esse? Enquanto não tirarem esse engraçadinho do ar eu nunca mais volto assistir esse jornal”, diz o próprio Diego. Abalado? Jamais! Diego assimilou as cobranças, deu a volta por cima e seguiu em frente. "Foi desafiador", assegura.
E é nesse mundo de Deus, entre altos e baixos, que Diego Hurtado resolveu largar o jornalismo, virar empreendedor e investir de vez naquilo que considera ser a sua missão de vida: ser um treinador comportamental.
Nessa entrevista ao Midia Hoje, ele desnuda esse momento. Ao final do texto, um vídeo de 6 minutos resume bem sua trajetória. Acompanhe!
Diego nasceu onde, criou-se onde...
Nascido e criado em Fernandópolis, interior de SP. Sai de lá com 21 anos quando fui para Juruena/MT trabalhar como repórter numa afiliada da Tv Record.
Alguma lembrança especial da adolescência, juventude?
Nada em especial. Talvez a vida simples e sem luxo de um menino no interior de SP, que sempre apreciou as idas para o sitio dos avós e pescarias em represas.
E o jornalismo, como entrou em sua vida?
Por mais incrível que possa parecer sempre fui uma criança e adolescente muito tímido, muitas vezes com vergonha de pedir um real para os próprios pais. Porém, sempre fui um garoto que gostava muito de ler e escrever. Essa facilidade/habilidade com escrita me fez olhar para o jornalismo aos 15 anos como uma possibilidade de carreira. Paralelo a isso outros dois fatos influenciaram na escolha, primeiro a curiosidade e senso de justiça. Segundo o fato de admirar muito uma prima que já era jornalista, Gabriela Hurtado. Cheguei a passar na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) para filosofia, mas optei pelo jornalismo para me desafiar e vencer a timidez.
E como chegou à TVCA... sua trajetória lá?
Em 2012 já atuava como repórter de rede da Band e editor chefe da TV Tarobá em Foz do Iguaçu, mesmo ano em que casei com minha então namorada, que era mato-grossense de Araputanga. Morando em Foz ela sempre manifestou o interesse de um dia voltar para Mato Grosso. Num churrasco entre amigos em Foz do Iguaçu em 2013, conheci um repórter, Fidel Alvarenga, que trabalhava na TVCA em Rondonópolis, Fidel contou que recebeu uma proposta para voltar à Foz e trabalhar numa afiliada da Tv Record. Diante da possibilidade de uma vaga aberta em Rondonópolis e a vontade da minha esposa em voltar para MT, pedi a ele que encaminhasse meu currículo a chefe de jornalismo da emissora. Dias depois recebi o convite para trabalhar em Rondonópolis. Em junho de 2013 iniciei meus trabalhos na TVCA Roo.
Fale um pouco de Rondonópolis, como foi?
Lá percebi que meu estilo “descontraído” não existia na emissora, e, paralelo a isso via no cenário nacional figuras se despontando no jornalismo com esse estilo, como Phillipe Siani, Tiago Laifer, e me perguntei, porque não experimentar, já que é algo natural em mim. Em 6 meses ganhei um quadro de esportes dentro do jornal local, mais 6 meses veio o convite feito por Ulisses Serotini (chefe de jornalismo, a época) para cobrir a copa do mundo em Cuiabá e ficar na cidade. Em Cuiabá, o estilo próprio e descontraído foi chamando a atenção, elogios de alguns, críticas de outros. Em menos de um ano, a direção de jornalismo foi mudada e o então novo chefe de jornalismo, Orlando Loureiro, me “convidou” num anúncio feito frente a todos os colaboradores do grupo numa reunião geral que a partir de maio de 2015 eu apresentaria o MTTV 1ª edição ao lado da Marina Martins. Foi um susto o início de um graaaaande desafio!
A sua versatilidade e descontração sempre foram muito elogiadas como apresentador, mas houve crítica quando assumiu a apresentação do MTTV? Como reagiu?
Foram inúmeras as críticas, seria incapaz de contar quantas dezenas delas recebi. Lembro-me de uma mensagem em especial que o telespectador dizia “esse moleque está brincando de fazer jornalismo? Que despreparo é esse? Enquanto não tirarem esse engraçadinho do ar eu nunca mais volto assistir esse jornal”. Lembro dos meus colegas de redação mais antigos, tentando no início me blindar de algumas mensagens que vinham pelo hoje extinto aplicativo BEM NA HORA, foi desafiador! E, talvez por isso tenha me dado tão bem, por causa do desafio e da dúvida de muito acerca da minha capacidade. Hoje entendendo mais a fundo sobre perfis comportamentais, sei que o desafio é um elemento altamente motivacional para pessoas com a minha personalidade.
E como caiu nas graças do povo cuiabano?
O jogo começou a virar meses antes da corrida de Reis de 2016, ainda em outubro, novembro de 2015. Em um dos links ao vivo para falar da entrega de kits eu propus a Marina fazermos um desafio e ao mesmo tempo brincadeira com os telespectadores. Pedi que ao retirar o kit postassem em alguma rede social a hashtag #TimeDiego ou #TimeMarina de acordo com a torcida deles [os telespectadores]. A brincadeira viralizou! Foram milhares de postagens e mensagens. No dia da corrida tinha pessoas com camisetas personalizadas, faixas, cartazes, apoiando #TimeDiego e/ou #TimeMarina. Aproveitando o bom momento, criei outros desdobramentos da brincadeira durante e pós corrida. Foi um ano onde se evidenciou mais a brincadeira dos apresentadores do que a corrida em si. Após o sucesso da brincadeira na corrida, adaptei a ideia para ajudar na captação de sangue para o hemocentro público. Fizemos o mesmo chamado e a população compareceu. Em uma semana de campanha onde você escolhia #TimeDiego ou #TimeMarina para doar e também postava sua foto nas redes, foi batido o recorde de doação de sangue numa única campanha na história do MT Hemocentro, o que nos conferiu o título simbólico de "embaixadores do sangue". Ainda com a brincadeira dos times, que a essa altura já havia virado marca dos apresentadores, fizemos três campanhas de combate ao mosquito Aedes Aegipty com alunos de escolas públicas em Cuiabá e VG, que resultaram em reduções significativas de infestação do mosquito nos bairros onde as escolas estavam localizadas (índices medidos pelo LIRAa).
Ficou magoado quando foi afastado da apresentação do MTTV?
A saída do MTTV em si não me magoou. O que me deixou chateado a época foi ver que um projeto tão bacana que envolvia diretamente a comunidade na construção e execução do jornal foi quebrado. Havíamos conseguido (talvez pela primeira vez) gerar o que tanto buscávamos com o povo cuiabano, o que chamávamos de “PSC” – Proximidade, Simpatia e Carisma.
Estes acontecimentos foram determinantes para uma guinada profissional, virar empreendedor, coaching...?
Talvez. Na mesma época uma série de coisas aconteceram de forma simultânea e me fizeram seguir outros rumos. Eu estudo o desenvolvimento humano (inclusive o coaching) desde a época da faculdade, entenda aí meados de 2007. Quando eu saí da apresentação do MTTV, em fevereiro de 2018, minha filha estava com pouco mais de um ano de idade, minha empresa a Coach’tigo – Palestras & Treinamentos vinha numa crescente bacana e eu cada vez mais sem tempo. Minha qualidade de vida e comprometimento com minhas responsabilidades de jornalista, pai e empresário começaram a cair. Foi então que precisei tomar uma decisão, difícil decisão, escolher deixar uma das três principais tarefas: pai, empreendedor ou jornalista. O resultado presumo que você já saiba, hehehe.
Naquele momento, estava insatisfeito com telejornalismo? Buscava aumento da renda? Horários flexíveis?
De maneira alguma. Era e sou apaixonado pelo telejornalismo. Sou fã do jornalismo conversado, que fala a linguagem do povo, que não se prende a regras e normas na hora de “conversar” com o espectador. Aquele jornalismo que troca o “bom dia agora são 11h00 e estamos iniciando mais um MTTV 1ª edição” por algo do tipo “opaaa, bom diaaa, bom dia pra senhora que tá mexendo com o almoço ai, dá uma espiadinha aqui que tamo começando o MTTV 1ª edição, já pega o zap zap e conta pra mim aqui, o que tem de bom no almoço pra gente comê, hein?! Mas vai rapidinho pra não queimar as panelas...”. Questões salariais não tiveram ligação com minha saída. Horários mais flexíveis talvez, considerei sim essa questão como um dos pontos positivos em ser dono do próprio negócio.
Voltaria para o jornalismo caso fosse possível conciliar com o trabalho atual?
Amo muito o que faço. Desenvolver pessoas e organizações vai além de um trabalho, é algo que encaramos na Coach’tigo – Palestras & Treinamentos como missão de vida, por isso dificilmente conciliaria algo com isso que não fosse minha família. Mas como o jornalismo também é uma paixão muito grande, quem sabe um dia. Apesar que hoje tenho feito algumas coisas que me lembram muito o jornalismo, apresentação de vídeos institucionais, campanhas publicitárias, apresentações de congresso, cerimoniais, de certa forma da pra matar a saudade.
Na internet diversos memes “zombam” da profissão de coach, como lida com isso?
E o que é que não vira meme nesse mundo de hoje? Se a gente der moral para isso nós é quem viraremos o meme do meme. Vejo isso de forma muito tranquila, faz parte, foi bem mais complicado quando comecei a praticar um estilo novo no MTTV, eu era o meme. Além do mais hoje não sou só coach, me intitulo como um treinador comportamental ou um profissional do desenvolvimento humano, até porque já são 12 anos de estudo e formações continuadas que vão além do Coaching.
Atuando como coach, consegue ajudar mais pessoas do que antes, no jornalismo?
Não sei se “ajudar mais” seria a afirmação correta, talvez o certo seria dizer “ajudar melhor”. No jornalismo muitas vezes minha equipe e eu quem resolvíamos ou íamos atrás da solução dos problemas para as pessoas. Como coach ou treinador de pessoas eu auxilio elas a encontrarem a solução por si só. Vou dar um exemplo: era muito comum as pessoas ligarem pra mim ou para a redação da tv e reclamar que tem um poste com a luz queimada em frente a casa delas há 3 meses e a prefeitura não faz nada. Quando eu questionava se ela [a pessoa] já havia feito a solicitação na prefeitura a resposta quase sempre era “eu nem liguei lá porque sei que não adianta, por isso estou ligando pra vocês”. Algumas pessoas preferem terceirizar o problema e esperar que outro busque a solução pra elas. No processo de coaching uma situação como essa seria abordada com uma reflexão do tipo: “o que você pode fazer pra começar a resolver esse problema agora?” Ajudo as pessoas a desenvolverem um senso de autorresponsabilidade, meritocracia e tomada de decisão.
Já tentou mudar a opinião de uma pessoa que não acredita no serviço de um coach? Conseguiu?
Já tentei sim. Tentei e não tento mais. Ninguém muda ninguém que não queira mudar e cada um de nós temos o direito de acreditar no que queremos. Adoto hoje do seguinte princípio: “se não aceita, respeita”, respeito o ponto de vista de quem não acredita, não quer acreditar ou não gosta de profissionais como eu. Uso esse tempo e atenção para valorizar e oferecer atenção a quem gosta!
Hoje seu rendimento financeiro é maior? Está mais feliz?
Sim, meu rendimento é maior, bem como minhas preocupações, responsabilidades, cautela nas tomadas de decisão e visão estratégica. Quando você vira dono do seu próprio negócio você passa a enxergar o mercado de uma outra forma. Quanto a pergunta se estou mais feliz, tomarei a liberdade de responder com uma outra pergunta: SE FELICIDADE FOSSE MOEDA NACIONAL, O QUE TE FARIA RICO HOJE? A mim, viver a vida que vivo hoje!
*Veja como seguir o Diego e seus contatos: *Instagram: @DiegoHurtadoFacebook: fb/hurtadodiegoYoutube: coachtigopalestrastreinamentosSite: www.coachtigo.com.brWhatsApp: (65) 99967-3687.
Acompanhe o vídeo que resume o trabalho de Diego Hurtado na TVCA, bem como a opção de ser um master coach. Vale a pena. É muito legal!
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