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Blairo Maggi em entrevista ao Programa Perspectivas, com Onofre Ribeiro
Em entrevista ao programa "Perspectivas", da TV Cidade Verde, do jornalista Onofre Ribeiro, o ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, falou sobre o resultado da sua visita ao Vale do Silício, nos Estados Unidos. Localizado na Baia de São Francisco, na Califórnia, o "Vale" abriga universidades altamente tecnológicas e start-ups gigantes como a Microsoft, Uber, Apple, Google, Facebook, entre outros. Na entrevista, Maggi fala das mudanças que estão aí, próximas de acontecer, e vão mexer com a vida de todos
Líder de um grupo poderoso, que movimenta bilhões de dólares anuamente, Blairo Maggi admite, em tom de brincadeira, que em determinado momento da visita, acompanhado de outros executivos da Amaggi, chegaram a se perguntar: e ai, pelo que vimos vamos comprar ou vender fazenda? Vai precisar (no futuro próximo) de carne, soja, milho, caminhão, fábrica, transporte ou vai ter tudo em laboratório? O questionamento aconteceu depois de eles comerem ovos e hambúgueres produzidos em laboratório.
Neste novo mundo, para Blairo, os produtores de proteínas em geral, seja de grãos ou carne, precisam perceber a necessidade de adaptarem às mudanças de comportamento de uma nova geração. Ele lembra que hoje, dificilmente, não exista em uma família pela menos uma pessoa que não coma carne. Há os que se recusam a comer ovos. E a maioria coloca o bem-estar dos animais e aves como motivos. E não há como ignorar isso, não adianta fugir, diz Maggi, considerando que a produção em escala de proteínas em laboratório vem ao encontro dessa onda.
O ovo de laboratório foi uma das coisas que mais impressionou o ex-governador. Ele lembrou que hoje 20% do leite que se vende nos Estados Unidos já não saem mais das vacas. E ai, admite Blairo Maggi, não é mais questão de ser simpático ou não a este movimento. A questão é como se adaptar a ele.
Lúcido, inteligente, realista, Blairo coloca o dedo na ferida. Um estado produtor de proteína como Mato Grosso não pode ignorar o aviso. E já que a pergunta é quando vão acontecer e não mais se (essas mudanças) vão acontecer, discutir o que fazer parece mais que necessário. Parabéns ao jornalista Onofre Ribeiro por trazer a discussão!
Veja a entrevista, na íntegra!
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