Laudos periciais do local do crime e balística vão trazer à tona a verdade sobre o homicídio da estudante Isabele Guimarães Ramos, 14, na noite de 12 de julho, no condomínio Alphaville, aponta o perito Carlos Roberto Angelotti, 59, chamado para atuar como assistente técnico no inquérito policial pela família da vítima. Ele aguarda também a entrega dos laudos, quando será realizada a reprodução simulada do crime, da qual irá participar. Com base no laudo de necropsia, a que já teve acesso, antecipa que o disparo que matou a Isabele não foi acidental.
Prefere não se manifestar sobre a investigação que está em curso, mas garante que a testemunha de um perito nunca mente. Trata-se do corpo da vítima, em local de crime, que é revelador. Professor da Academia de Polícia de disciplinas de local de crime e balística, o perito aposentou-se recentemente com 32 anos de atuação junto à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Ele criou o método de reprodução simulada que é utilizado pela instituição e foi mestre de grande parte dos peritos responsáveis pela emissão dos laudos deste crime. Bem por isso teve o cuidado de se manter afastado, aguardando a finalização dos trabalhos dos colegas.
Segundo assessoria da Politec, o laudo de balística deve ficar pronto nesta terça-feira (4) e, em seguida, o de local de crime. Mas ambos serão entregues ao mesmo tempo para o titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que investiga o homicídio culposo. A autora do crime é outra adolescente de 14 anos, que disse que a morte da amiga decorreu de um disparo acidental.
Acredita o perito que, no caso de Isabele, a reprodução pode se estender durante todo o dia. Testemunhas e autores do fato, em separado, mostram, no local do homicídio, sua atuação, permitindo o confronto entre o que se declarou em depoimento e a dinâmica do crime, apontada pela perícia.
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