Ex-prefeito de Rondonópolis, ex-deputado federal, Adilton Sachetti (PRB) ficou em quarto lugar nas eleições na disputa por uma das duas vagas ao Senado, no ano passado. Recebeu 333.082 votos (12,10%), ficando atrás dos eleitos Selma Arruda (Podemos, ex-PSL) e Jayme Campos (DEM), e de Carlos Fávaro (PSD). Mesmo ficando em quarto lugar no geral no Estado, ganhou de todos os adversários em Rondonópolis, obtendo 61.397 votos (35,10%).
E é com essa força eleitoral que Sachetti se apresenta como um dos "players" às próximas eleições, seja ela uma suplementar ao Senado, com uma eventual cassação do mandato da senadora Selma Arruda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou a prefeito de Rondonópois. Ele não descarta nenhuma possibilidade.
"Estamos prontos pra conversar sobre isso (eleições municipais). O PRB vai participar deste pleito e estamos nos preparando pra isso, mas ainda tem muita coisa pra acontecer. Talvez tenhamos eleição suplementar para o senado e isso irá interferir diretamente aqui", admite Sachetti, informando estar disposto a conversar com partidos e lideranças políticas. "Então agora é conversar e ver os desdobramentos", analisa.
A fala revela uma possibilidade clara. Sachetti pode ser candidato ao senado em uma eleição suplementar, alterando significadamente a discussão sobre à eleição municipal. Hoje principal nome da oposição para enfrentar nas urnas o atual prefeito Zé Carlos do Pátio (Solidariedade), que vai à reeleição, a ausência de Sachetti abriria várias outras possibilidades de nomes.
A maioria das lideranças de oposição entende que a divisão de forças, como ocorreu na eleição passada, facilitaria novamente a vida de Zé do Pátio à reeeição. Em 2016, Pátio derrotou Percival Muniz (então no PPS), o ex-governador Rogério Salles (PSDB) e Rubens Cantuário (PSOL) obtendo 36,22% dos votos de Rondonópolis. Percival ficou com 34,79%, Rogério Salles com 27,54% e Rubens Cantuário com 1,45%.
"O Zé (do Pátio) realmente é um adversário que deve ser respeitado. Qualquer erro ele leva . Este pode ser um deles", diz Sachetti, ao falar sobre o fracionamento de candidatos em 2016. A avaliação é de que mesmo hoje desgastado na administração, Zé Carlos do Pátio manteria um terço de votos do município.
Em uma eventual candidatura de Adilton Sachetti ao Senado, um nome que pode arregimentar a oposição em Rondonópolis é o do deputado estadual Thiago Silva (MDB). Considerado uma das revelações no Parlamento estadual, Thiago conquistou 15.157 votos apenas em Rondonópolis, o que representou 15,70% dos votos válidos no município. "É o novo, pode agregar e não tem desgaste", diz a ex-deputada federal Teté Bezerra (MDB).
Outro nome que vai tentar aglutinar a oposição é o deputado federal José Medeiros (Podemos). Ex-suplente, Medeiros assumiu quatro anos de mandato de Pedro Taques (PSDB), que deixou o Senado para assumir o governo do Estado, em 2015. Na eleição do ano passado, se elegeu à Câmara Federal surfando na onda do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Foi o segundo mais votado no Estado. Em Rondonópolis conquistou 17.131 votos, o que representou 18,17% dos votos válidos do município.
Há também expectativa em torno da posição do ex-prefeito Percival Muniz, que perdeu a eleição para Zé do Pátio em 2016 por menos de 2% dos votos. Percival andaria meio acuado em função de denúncias que tramitam contra ele na Justiça, mas sua força eleitoral ainda é reconhecida.
"Uma movimentação dele em um cenário tão dividido pode sim definir uma eleição", admite um dirigente partidário, citando que a mesma avaliação valeria para outra força política do município: o ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles (PSDB). "Não vai ser fácil juntar todos eles, mas se estiverem divididos, o Zé do Pátio leva de novo", crava o dirigente.
Drama pessoal
Considerado um dos melhores prefeitos da história de Rondonópolis, Adilton Sachetti perdeu uma reeleição para o então peemedebista Zé do Pátio, em 2008, por ser considerado, à época, um político "antipático", que não batia na costas do eleitor. De lá para cá reconquistou carisma eleitoral, mas vive hoje um drama familiar.
Viúvo desde abril de 2017, Sachetti se casou novamente em junho desse ano com a influencer digital Lidiane Campos, que recentemente se envolveu em um grave acidente em Rondonópolis. Ela teria avançado a preferencial e batido em uma moto onde seguiam um casal e uma criança de 3 anos, que acabou não resistindo aos ferimentos e morreu. Lidiane vem sendo acusada de fugir do local do acidente e não prestar socorro às vítimas. O advogado da familia Sachetti nega a fuga e garante que Lidiane está oferecendo assistência à familia da vítima.
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