Exames da Perícia Oficial e de Identificação Técnica (Politec) apontaram que a jovem Emilly Azevedo Sena, 16, estava viva quando teve o bebê retirado de sua barriga e sangrou até morrer. Antes disso, ela foi brutalmente agredida e amarrada pela autora do crime, Nataly Helen Martins Pereira, 25, que segue presa. Outro ponto que chamou atenção foi o corte em ‘T’ que a investigada fez na barriga da vítima, demostrando conhecimento e técnica.
A adolescente foi morta enforcada com fios e teve o bebê retirado do próprio ventre. O corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa, em casa situada no Jardim Florianópolis, em Cuiabá (MT), na quarta-feira (12/3).
A diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, destacou que Emilly tinha lesões pelo corpo, uma delas, no olho, levando a crer que ela levou um soco, por exemplo. “Também tinha na lesão na face e no pescoço”, disse.
A diretora, que é médica, afirmou que Emilly não morreu asfixiada. Ela estava viva quando a criança foi retirada do seu ventre. “Ela pode ter passado por um processo de falta de oxigênio, mas não deixou vestígios no momento da morte”, ressaltou.
Emilly morreu após perder todo o sangue do corpo após ter o abdômen cortado pela investigada. “Foram duas aberturas, em forma de ‘T’, de forma precisa, preservando as camadas do corpo humano, além de uma abertura uterina, que preservou o concepto. Foram encontrados vestígios da placenta”, disse.
Para a médica, fica claro que a vítima foi agonizando até morrer. “O que podemos afirmar, também, é que ela sofreu muito. Todo crime deixa vestígios”, disse.
O caso
Emilly saiu de casa no final da manhã, no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal.
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida.
A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê.
Print revela
Mensagens de WhatsApp revelaram detalhes de como Nataly Helen Martins Pereira atraiu Emilly. Nataly usou o pretexto de doar roupas de bebê para convencer a adolescente a ir ao local do crime.
Na conversa registrada um dia antes do assassinato, a suspeita enviou a localização para Emilly e garantiu que poderia recebê-la, mas pediu que o marido da jovem não entrasse na casa. “Você disse que seu marido vai, ele pode ir, só não vou deixar entrar, pois sou casada”, escreveu Nataly. Para facilitar a ida da vítima, ela chegou a pagar pelo transporte.
Emilly respondeu que o marido respeitaria o pedido, mas que sua cunhada a acompanharia até o local. “Meu marido vai comigo e vai ficar para o lado de fora, mas minha cunhada vai comigo”, disse a jovem na conversa.
A adolescente desapareceu após sair de casa, e seu corpo foi encontrado enterrado no quintal da residência do casal suspeito, horas depois da prisão deles. Segundo a Polícia Civil, Emilly foi enforcada com fios de internet e teve cortes na barriga para a retirada do bebê. Havia sinais de luta, indicando que a jovem tentou se defender.
Prisão
Dos 4 detidos no início da ocorrência, apenas Nataly ficou presa. Ela confessou toda a ação para os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e destacou que fez tudo sozinha.
O marido, o irmão e cunhado dela, que estavam detidos, foram liberados por volta das 23h, logo após uma série de diligências e depoimentos.
*Via Gazeta Digital/Metrópoles
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