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A agricultura orgânica ganha cada vez mais espaço na economia mundial. O termo “orgânico” ficou muito popular de uns tempos pra cá, principalmente, porque o consumidor está mais exigente e preocupado com questões ambientais. No mundo do café não é diferente! Os apreciadores da bebida querem ter experiências de sabor e aroma, provar grãos de diversos lugares do mundo, mas também querem saber como foi produzido. A experiência com o café tem de ser completa!
Nesse sentido, o café orgânico vem ganhando o coração e o paladar dos amantes da bebida, pois além de oferecer um sabor especial, preza pela responsabilidade ambiental e social durante todo o processo de produção.
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O consumo de cafés especiais, como o café orgânico, gourmet, sombreados e socialmente justos, também está aumentando. Os preços destes produtos no mercado nacional e internacional são mais atraentes para os produtores, como consequência de suas características de produção, qualidade e menor oferta. Com a entrada em vigor da Lei dos Orgânicos, em 1º de janeiro deste ano, o mercado para esta cultura também se amplia, especialmente porque o Brasil é tradicional produtor e exportador dos grãos.
Para estar em dia com a lei, os produtos que chegam às gôndolas dos supermercados e nos containers para remessa ao exterior devem ser devidamente certificados. Com isso, o setor ganha maior transparência através da rastreabilidade garantida dos itens vendidos aos consumidores.
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O grande diferencial do café orgânico está no processo de produção, que exige cuidados especiais no plantio, colheita, lavagem e separação dos grãos, secagem, torra, moagem, transporte e embalagem. Ele precisa passar por todos esses processos sem o envolvimento de nenhum produto químico, como fertilizantes sintéticos, pesticidas ou conservantes.
No lugar dos produtos químicos, se adotam alternativas como adubos verdes de origem vegetal ou animal, com o intuito de manter o equilíbrio ambiental e não agredir o meio ambiente
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O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,3 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores que fazem parte de associações e cooperativas, distribuindo-se em 15 Estados. Por causa do seu tamanho, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés.
A colheita no Brasil vai de junho a outubro, incluindo as fases de colheita dos frutos das árvores, transporte, secagem, limpeza nos terreiros, o beneficiamento (remoção da casca e pergaminho) e a separação por tipos. Produtos com certificação de origem e indicação geográfica também estão começando a se destacar no Brasil. O reconhecimento da fama, tradição e qualidade de produtos com o selo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) garantem que haja um mercado para esses produtos.
Localizado na região Sudeste, Minas Gerais é o maior estado produtor de café do Brasil, responde por cerca de 50% da produção nacional e é uma das principais fontes de cafés especiais do país. Praticamente 100% das plantações são de café Arábica, cultivado em quatro regiões produtoras: Sul de Minas, Cerrado de Minas, Chapada de Minas e Matas de Minas, que exportam seus cafés pelos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória.
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9º Prêmio da Região do Cerrado Mineiro
O evento teve como objetivo o reconhecimento e a valorização dos cafeicultores do Cerrado Mineiro, em busca do título de melhor café do Cerrado Mineiro, safra 2021, reunindo em Uberlândia - MG, os melhores cafés produzidos nos 55 municípios que compõem o território.
Com o tema a Intercooperação, o evento reuniu produtores de sete cooperativas, sendo elas as realizadoras da iniciativa. A organização ficou a cargo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. O Sebrae Minas também foi um dos apoiadores do Prêmio. Ao todo foram 346 inscrições em três categorias.
A seleção das amostras foi realizada por um corpo de jurados com alta experiência e profissionalismo, garantindo transparência e credibilidade ao Prêmio, sendo coordenada pela Savassi Agronegócio e auditado pela Safe Trace.
A grande revelação deste ano ficou por conta da Fazenda 5 Estrelas (Patrocínio - MG) que, recentemente, adquiriu o selo de Café Orgânico e ganhou em 1º lugar na categoria Cereja Descascado.
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Com a amostra inscrita na Expocaccer, foi o primeiro café orgânico a conseguir a premiação nessa categoria, com a pontuação de 89,18 pontos.
De acordo com Ricardo Bartholo, o objetivo com a produção desse café orgânico é entregar ao consumidor um produto diferenciado e de alta sustentabilidade. “A planta, no caso o nosso café, expressa todo o seu potencial quando você coloca para ela aquilo que a natureza tem para oferecer. Com isso conseguimos extrair um grão diferenciado, produzindo um café muito mais saboroso e, agora, além de saboroso, premiado!”, ressalta Bartholo.
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Ricardo Bartholo
O prêmio da Região do Cerrado Mineiro é realizado desde 2013, esta é a 9º edição. Os campeões precisam passar por uma metodologia de provas de cafés especiais, que são entre elas avaliar e pontuar 10 atributos no café. Acidez, doçura, sabor, finalização, fragrância aroma, corpo, equilíbrio, uniformidade, ausência de defeitos e resultado global. Os cafés com notas acima de 85 pontos são premiados.
Além do 1º lugar nesta categoria, Bartholo também comemorou um novo recorde, com a realilzação do leilão, ao vivo, realizado durante a Premiação. A saca do café orgânico vencedor do 9º Prêmio da Região do Cerrado Mineiro foi vendida a R$ 55 mil reais, ou seja, cerca de 50 vezes o valor de mercado de uma saca de café convencional. Mais uma grande conquista para os produtores da Fazenda 5 Estrelas e mais um destaque para a Região do Cerrado Mineiro.
"O leilão dos cafés premiados do ano passado atingiu R$ 20.017,00 e esse ano batemos recorde, este ano o nosso café foi vendido por R$ 55.000,00 a saca porque o café é de altíssima qualidade e o grande diferencial: o primeiro café orgânico da região do Cerrado Mineiro a receber esta premiação", pontua Bartholo.
É importante lembrar que a região do Cerrado Mineiro é responsável por mais de 25% de todo café produzido em Minas Gerais. A região é a única com denominação de origem reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
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Certificação Produto Orgânico
A certificação Produto Orgânico segue as normas da produção orgânica, garantindo que não haja a utilização de agrotóxicos. Desde 1990 seguindo um rígido sistema de controle, que não é somente sobre os agrotóxicos, mas também a respeito do adubo químico na produção dos grãos. Ele é importante pois é uma garantia de que uma pessoa pode consumir um alimento realmente orgânico.
O selo certifica que o produto de uma região, atende um padrão e qualidade diferenciados de produção.
Para isso, os agricultores necessitam se enquadrar em diversas normas como as que contemplam adequação para equipamentos e defensivos, normas especificas para cafés especiais, como também normas ambientais de coleta seletiva de lixo, manutenção de áreas de reserva legal, aspectos sociais entre outras normas para obtenção do selo.
Saiba o que o café orgânico tem de diferente - VEJA VÍDEO
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